O novo ano começou, acordamos em 2018 com a sensação de que as coisas serão diferentes e fizemos aquela conhecida lista movidos pela esperança de que tudo é possível nesses próximos 365 dias. “Ano novo, vida nova!” inevitavelmente passa pelas nossas cabeças nos primeiros momentos do novo ano. E essa é uma ótima atitude diante desse ritual de passagem do tempo que parece abrir incontáveis possibilidades em nossas vidas. Porque abre mesmo: podemos (re)iniciar projetos, ideias, sonhos e o que quer que faça sentido para o desejamos que se realize em nossas vidas.
Dê uma olhada aí na sua lista de ano novo. O que você planejou, o que escreveu para lembrá-lo dos seus objetivos para esse ano? Conseguir um emprego, terminar a faculdade, arranjar um namorado, fazer um curso de idioma, comprar um carro… Alguns incluem saúde na lista, na maioria das vezes pensando em emagrecer ou tratar algum problema físico. Você lembrou de incluir sua saúde mental na lista?
A Campanha Janeiro Branco acontece anualmentejustamente nesse sentido: sensibilizar e promover um olhar especial para o que é psicológico. Nascida em Minas Gerais, a Campanha dedica-se a convidar as pessoas a pensarem sobre suas vidas e sobre a importância da saúde mental no Brasil e no mundo. A Campanha vem como um empurrãozinho a mais no incentivo à reflexão, discussão e promoção de cuidado com aquilo que é tão precioso e nos faz sermos únicos: nossa subjetividade. Que momento oportuno é janeiro para iniciar um projeto de melhora da saúde psíquica!
Provavelmente nas festas de final de ano você comentou com sua família e amigos sobre o que está planejando fazer para alcançar as metas para o novo ano. Ou foi dormir pensando em como conseguir riscar todos os itens da sua lista para 2018. Mas infelizmente não se conversa nos jantares sobre o plano de procurar um psicólogo para falar da tentativa de suicídio ou se sonha com admitir que a vida não segue por causa de ataques de pânico porque a saúde mental nunca é prioridade. Ainda não temos uma cultura de autocuidado estabelecida a ponto de podermos falar das nossas dificuldades psicológicas sem causar constrangimento na mesa da ceia. Ainda, porque campanhas como a do Janeiro Branco estão aí para chamar nossa atenção para o sentido, o propósito e a qualidade das nossas vidas.
O meu desejo de Feliz Ano Novo é que você releia sua lista, lembre-se que ela pode ser editada, reescreva se for preciso e inclua um projeto de autocuidado inegociável com a sua saúde mental!