Blog do Planalto. Senha: planaltodotemer. E a observação para não se trocar a senha nunca
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Senha e observação ridículas expuseram o primarismo com que se lida com as redes sociais no Palácio do Planalto. No Facebook a senha \”planaltodotemer2016\” e uma observação em caixa alta na cor vermelha \”não trocar a senha nunca\”. A divulgação deste e de outras senhas, também do Portal Brasil, aconteceu nesta terça-feira (10), pelo Twitter.
A Secretaria de Imprensa da Presidência informou que o erro aconteceu em uma postagem já apagada do Portal Brasil na rede social, gerida pela equipe de Contas Digitais, mas não deu mais detalhes de como aconteceu o processo. Anexado ao tuíte havia um link supostamente para uma matéria sobre o assunto abordado, mas, na verdade, ele redirecionava o internauta a um documento do Google Drive com todas as senhas das redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram, do Portal Brasil e do Palácio do Planalto.
\”Conveniência\”
A Secretaria de Imprensa da Presidência informou que as senhas já foram trocadas e o caso está sendo apurado internamente. Segundo o Planalto, não há a possibilidade de as contas terem sido hackeadas por terceiros.
\”A manutenção de uma \’planilha-mestre\’ para compartilhar senhas ― algumas senhas supostamente tinham até instruções como \’não trocar a senha\’ ― demonstra amadorismo e uma preferência pela conveniência no lugar da segurança\”, escreveu o especialista contra ataques cibernéticos Altieres Rohr no portal G1.
Provedores
\”Também chama atenção que, de acordo com a suposta planilha divulgada, a maioria das contas de redes sociais do Planalto estavam registradas com e-mails de provedores estrangeiros, como Google (Gmail) e Yahoo. O governo brasileiro possui uma infraestrutura própria para e-mails e, portanto, não precisa utilizar esses provedores\”, acrescentou.
Sua opinião sobre os provedores estrangeiros é: \”Assim como o compartilhamento de senhas em uma planilha aberta, isso demonstra falta de orientação e preferência pela conveniência. É possível que o sistema de e-mails do governo brasileiro não seja tão fácil de usar ou seja burocrático para a criação de novos endereços, o que gera uma preferência pela utilização de provedores externos\”.