Um grupo de cerca de 40 pessoas, vindas do Rio de Janeiro, está causando estranheza em quem passa na esquina das QNA 40/51 de Taguatinga Norte. A residência, fechada há muitos anos, já foi comitê de campanha do ex-governador Joaquim Roriz e desde sexta-feira (15) à noite virou acampamento com barracas armadas na garagem de bolsonaristas que dizem ter vindo a Brasília participar de manifestações a favor do Presidente da República.
O ônibus em que vieram estampa uma faixa com os dizeres “Capitão – Estamos juntos nesta batalha – Adsumus”. Também traz um desenho que seria a logomarca do grupo que se autointitula “Audazes”. Adsumos, do latim, significa “estamos presentes”. O termo vem do verbo adsum, que quer dizer estar presente, estar aqui, ou estamos juntos. É usado com a intenção de marcar presença e atenção constantes. A palavra é empregada no sentido de demonstrar prontidão e de confirmar que se está atento aos acontecimentos.
Responder “adsumus” significa demonstrar que se está pronto para atender a um chamado ou a uma ordem a qualquer momento. No Brasil, o termo foi adotado desde 1958 pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha, no Rio de Janeiro.
Pessoas que enviaram imagens para a Redação do Brasília Capital contam que, na manhã deste sábado (16), ao acordar, o grupo cantou músicas militares executadas por um clarim. Entre os acampados estão cadeirantes e deficientes físicos que se apoiam em bengalas. Nenhum deles usava máscara ou equipamento de proteção contra a contaminação pelo novo coronavírus.
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