Cento e doze homens, mulheres e crianças famintas em busca desesperada por comida foram covardemente mortos pelo Exército de Israel, que alegou que atirou porque se sentiu ameaçado. Pelo que? Por barrigas roncando? O hipócrita Biden, enquanto envia milhares de aviões e bombas “inteligentes” para Netanyahu lançar sobre Gaza, impotente para garantir a entrada de caminhões, continua lançando por avião seus pacotes de comida/remédio – o último, matou 5 palestinos e feriu gravemente outros 10.
Já se aproxima de 40 mil o número de mortos no conflito. No ato obviamente terrorista do Hamas, em 7 de outubro, foram mortos 1.140 israelenses (300 militares e 840 civis). A desproporcional e criminosa retaliação israelense em Gaza resultou na morte, até 9 de março, de 35,7 mil palestinos, sendo 28,1 mil crianças, mulheres e idosos (incluindo 4,7 mil sob os escombros) e 7,6 mil homens.
Em Gaza, são ainda 72,5 mil feridos e mutilados (6,2 mil crianças); 25 mil prédios destruídos ou danificados; 80 mil habitações destruídas e 290 mil danificadas; além de 430 escolas, 55 hospitais, 120 ambulâncias, 140 sedes do governo e 160 mesquitas destruídas ou danificadas. Os deslocados de seus lares somam 2 milhões, incríveis 85% da população.
Mas as mortes não ocorrem apenas em Gaza. Na Cisjordânia foram mortos 425 palestinos (115 crianças) e feridos outros 4,7 mil (660 crianças). No Líbano, foram mortos pelos bombardeios de Israel 310 militantes do Hezbollah e 55 civis. Na Síria, mais de 200 mortos entre militantes e civis; além dos mortos no Iraque (20), Irã (100) e Yemen (250).
Muito se tem falado dos 250 reféns israelenses feitos pelo Hamas (120 já liberados), mas nada se fala sobre os 11,5 mil palestinos presos por Israel, sendo 4 mil em Gaza e 7,5 mil na Cisjordânia. Com a cobertura de Biden, Netanyahu prossegue com seu massacre.
Há cinco meses, Netanyahu estava encurralado, sendo processado por corrupção e questionado por centenas de milhares de israelenses nas ruas por seus ataques ao Judiciário. Prestes a sofrer uma avassaladora derrota nas urnas ou mesmo um processo de impeachment, desconsiderou todos os alertas recebidos (inclusive do serviço de inteligência do Egito) sobre um iminente ataque do Hamas e permitiu ocorrer o 7 de outubro. Sim, o ataque do Hamas foi sua salvação política.