Todo final de dezembro, a programação de férias se repete, mas nunca tem sido igual. Neste ano de 2017, a Bahia está localizada no mesmo lugar no mapa, ao contrário de sua dinâmica capital, Salvador, a histórica cidade, que, por sinal, foi também a primeira capital do Brasil no transcurso de 12 anos, desde 1.549.
Tal qual a nossa bem-amada Brasília, em Salvador a cada ano aumentam os assaltos à mão armada nas ruas, o que não conferem com a \”Ordem e Progresso\” da bandeira nacional. Aliás, não poderia ser diferente, levando em conta que Salvador é atualmente uma metrópole com quase três milhões de habitantes, com uma boa parcela de desempregados que transitam nas calçadas dos arranha-céus (habitat dos ricaços) que enfeitam a extensão da orla de praias majestosas, atração de turistas do mundo inteiro.
E de lambuja, a cidade também conseguiu conquistar a paixão de brasileiros famosos de outros Estados. São inúmeros, mas por enquanto destaco nesse rol o poeta carioca Vinicius de Moraes, que eternizou sua passagem por Salvador com músicas imortais, a exemplo da canção Tarde em Itapuã, tradicional bairro praiano onde construiu sua morada de amor, que se transformou em museu de alta frequência.
Outra figura notória, que idem marcou presença na Bahia, foi o compositor mineiro Ary Barroso. Entre as músicas mais conhecidas, ele rotulou Salvador como a Terra da Felicidade, da qual furto o conteúdo de um dos versos para inserir na crônica desta semana: \”Na Baixa do Sapateiro, encontrei um dia a morena mais frajola da Bahia…\”
Por mera coincidência, eu também encontrei, num abençoado dia de 1974, uma charmosa baiana, exatamente na mesma rua da Baixa do Sapateiro, onde se localizava o combativo Jornal da Bahia, no qual trabalhei três anos como Editor.
Desde então, essa charmosa baiana chamada Lêda Maria (mais conhecida pelos amigos como Lêdinha), além de me acompanhar todos os dias e meses de 43 anos (por enquanto), ainda me proporcionou um rico Lar, com o acréscimo de dois tesouros: o casal de filhos Fernanda e Cláudio.
Por tudo isso, fazendo eco com Ary Barroso, também posso afirmar: para mim, Salvador também continua sendo a Terra da Felicidade!