De modo geral, em todas as cidades, particularmente as capitais, é gritante o desleixo com a periferia e seus moradores. No entanto, os centros das cidades são vistos com outros olhos, embora muitas vezes também deixem a desejar. Se fôssemos enumerar as mazelas dos governos, ficaríamos horas, e gastaríamos folhas e mais folhas de papel.
Nosso objetivo com este artigo é demonstrar as facilidades da Tecnologia da Informação e o quanto o seu uso inteligente, tanto na gestão pública, como na gestão privada, pode transformar a vida dos cidadãos, racionalizando suas ações do dia a dia.
Mas, antes, vamos atentar para a Pirâmide de Maslow, diagrama do conceito desenvolvido pelo estadunidense Abraham H. Maslow. Ela apresenta cinco níveis das necessidades humanas, de forma hierarquizada. Primeiro nível – necessidades fisiológicas: alimento, água, respiração, excreção e abrigo.
São as necessidades básicas para a manutenção da vida. Saúde, ações humanitárias e de assistência social encontram-se neste nível, e são as condições de sobrevivência. Segundo nível – voltado para as necessidades com segurança. Terceiro nível – são as necessidades sociais. Quarto nível – a autoestima, o reconhecimento, o orgulho de si mesmo.
O Quinto e último nível é o topo da pirâmide, autorrealização, independência, exercício pleno de suas capacidades, controle de suas ações, a possibilidade de fazer o que se gosta, com satisfação.
O que podemos depreender da Pirâmide de Maslow? Os projetos de cidades inteligentes devem contribuir para o atendimento das necessidades de todos os níveis, de forma a aperfeiçoá-los.
Aí, pergunta-se: os gestores públicos, dignos responsáveis pelos cinco níveis da Pirâmide de Maslow, atendem satisfatoriamente todas as necessidades do cidadão? Óbvio que não! Por que não? Talvez por não seguirem a hierarquia da Pirâmide de Maslow, ou mesmo, nem conhecê-la.
Visto as necessidades humanas, vamos ver como a Tecnologia da Informação, ferramenta de altíssimo nível, pode atuar para facilitar governos e empresas privadas a atingir o ideal da Pirâmide de Maslow. Chegamos, pois, ao mote deste artigo.
Com tamanha tecnologia, máquina (computador) e comunicação (Tecnologia da Informação) envolvidas de forma dinâmica, permitindo o gerenciamento à distância em todos os sentidos, onde o usuário pode estar em qualquer lugar, atuando remotamente, sem perda do controle de suas ações por parte da gestão, pergunta-se: por que não aderir à tecnologia e mudar radicalmente a forma de gestão?
Para tentar resolver o problema de trânsito, o gestor público abre ruas, duplica estradas, constrói viadutos, implanta controles, olhando sempre os grandes centros que recebem milhares de trabalhadores todos os dias. Resolve? Digamos que minimiza, mas não resolve, pois todo o tráfego converge para os grandes centros.
Então, assistimos todas as manhãs os telejornais e as emissoras de rádio informar sobre o trânsito. Congestionado aqui, mais ainda ali, acidente provoca grande congestionamento acolá. E tudo se repete no final da tarde, início da noite, com a volta para casa.
(*) Engenheiro aposentado e escritor