Dentre os prazeres estranhos cultivados pela humanidade está o hábito de sentir-se coitadinho. É prazeroso ser olhado com piedade, acreditam esses infelizes. Podemos classificá-los em três tipos: 1 – Os que contam dramas para que os outros sintam pena deles (são os coitadinhos inocentes); 2 – Os que contam para receber apoio (são os revoltados); e 3 – Os que apenas contam para desabafar, embora não desabafem, porque o hábito virou vício e, como todo vício, é de difícil libertação (são os queixosos).
Qual a maneira adequada de lidar com esses indivíduos? Fazendo-os ver suas parcelas de responsabilidades nos desentendimentos ou o grau de ignorância da outra parte. Como são viciados, não gostam de serem contrariados e tenderão a afastar-se. Neste caso, você resolveu seu problema, porque não voltarão mais, com raras exceções.
A técnica do espelho, na qual você faz os indivíduos enxergarem-se, é a mais recomendável. Ou resolve o problema delas ou o seu. Ensinava o filósofo Huberto Rhoden: \”se o louco não for consciente da sua loucura, não pode ser curado\”.
Os coitadinhos estão por toda parte – na escola, na família, no trabalho, etc. Por acreditarem que são injustiçados, em geral, não se desenvolvem ou são péssimos profissionais. Acusam os outros, mas, no fundo, se odeiam e odeiam a vida. Muitos também acusam para serem bem vistos. Este péssimo hábito passa para os descendentes e nada tem de genético. É apenas influência do meio.
Todos, ao atingirem a idade adulta, deviam fazer um inventário de suas vidas para livrarem-se das péssimas influências que acumularam. Só assim pode-se ser autêntico: aquele que é ele mesmo (a).
Sobre este tema manifestou-se o Mestre Maior: \”Insensato! Tira primeiro a trave (tora de madeira ) do teu olho para poder falar do cisco no olho do teu irmão\”.
Mulher, salve seu Casamento!
Osho – O Mestre do Século XX
O amigo desprezado