Exercendo a função de filósofo inédito, nunca dei muita importância às comemorações de aniversário, até porque na verdade nada mais são do que convencionalismo de calendário. Mas nestes 90 anos de sobrevivência (felizmente com a memória intacta e ainda inteiro, fisicamente), tudo funcionou diferente.
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À zero hora e 10 minutos da madrugada de 20 de novembro, fui despertado com um beijo carinhoso de meu filho Claudinho; cinco minutos depois idem por minha mulher Lêda Maria, mais conhecida como Lêdinha. Para complementar, acordei pela segunda vez às seis da matina com o coro celestial de Parabéns pra Você!” de toda a família, agora somados pela minha filha Fernanda (Naninha) e meu genro Marcus, acompanhados de minhas netinhas Bárbara e Maria Luíza.
Não tive outro jeito de externar a minha Felicidade, a não ser com uma avalanche de lágrimas.
Mas o que tornou inesquecível este 90º aniversário foi a festa que a Naninha preparou em sua linda casa num condomínio do Lago Norte, aliás, surpreendente porque compareceram mais de 50 amigos, apesar do dilúvio noturno que nesta última semana complicou o trânsito em Brasília.
Não faltou música da melhor qualidade, com a voz do seresteiro Josemir Barbosa, a quem já chamei de Frank Sinatra brasileiro, embora sem a mesma sorte, porque nasceu no país errado e continua mais pobre do que nunca, enquanto o americano se aposentou e morreu milionário como cantor.
Por falta de espaço, não dá para relacionar a honrosa lista de tantas pessoas iluminadas que me brindaram com suas honrosas presenças, em nome das quais cito o Orlando Pontes, acompanhado de sua esposa Tatiana e do primogênito Gabriel, o jovem brilhante jornalista que confirma o aforismo de que “filho de peixe, peixinho é” – puxando o pai.
Esse autêntico Ágape Espiritual foi aberto com a leitura da Naninha sobre seu memorável texto exaltando a figura deste pai-coruja, o que ficou valendo como a mais bela Declaração de Amor que recebi nesta longa jornada de 90 anos.
No conjunto de tantas dádivas, só houve um pequeno vexame de minha parte: fui obrigado a pedir carona na canção de Roberto Carlos “Este Cara Sou Eu!”, para justificar o charmoso jovem inserido no chamativo convite bolado pela jornalista Lêdinha.
Claro que a referida foto foi clicada 50 anos atrás!
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“Joga bosta na Geni!”
O “adeus” de meu amigo Torquato Neto
A trágica maquillage do tempo