Enquanto aguardam a definição sobre o rito da comissão especial do impeachment, deputados têm se concentrado nas conversas para a sucessão nas lideranças partidárias. Das maiores bancadas da Câmara, apenas o PMDB não definiu ainda seu novo líder, o que ocorrerá em 17 de fevereiro. Já o PT, assim como as principais legendas de oposição, já definiram o comando das bancadas.
No PT, o novo líder é um ex-ministro de Dilma Rousseff. Afonso Florence (PT/BA) assumiu a bancada após um acordo que levou os deputados Paulo Pimenta (PT/RS) e Reginaldo Lopes (PT/MG) a desistirem da disputa. Ambos serão vice-líderes do partido. “Nós identificamos como tarefa primeira derrotar a tentativa de golpe”, disse Florence, após ser confirmado no cargo. O outro desafio, de acordo com o petista, é aprovar as medidas econômicas enviadas no ano passado pelo governo ao Congresso.
Na base, o PMDB terá sua disputa entre Leonardo Picciani (RJ) e Hugo Motta (PB). A eleição para o líder da maior bancada na Câmara está marcada para 17 de fevereiro. Picciani, apesar da proximidade com o Palácio do Planalto, ganhou o apoio do oposicionista Leonardo Quintão (PMDB/MG). Motta foi lançado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
Alguns partidos decidiram reconduzir seus líderes. Foi o caso do PSD, com Rogério Rosso (DF) e do PR, com Maurício Quintella Lessa (AL). A decisão de manter ambos ocorreu no ano passado. O mesmo ocorreu no PSB. Apesar de outros dois deputados terem colocado seus nomes para a liderança – Danilo Forte (CE) e Fábio Garcia (MT) – um acordo acabou mantendo Fernando Coelho Filho (PE) na posição.
Na oposição, PSDB e DEM trocaram seus líderes. Os tucanos acertaram a volta de Antonio Imbassahy (BA) para o cargo. Já os demistas escolheram Pauderney Avelino (AM) para o lugar de Mendonça Filho. No PPS, Rubens Bueno (PR) deve ser conduzido na próxima semana pelos deputados. Ele assumiu o cargo pela primeira vez em 2011 e está na liderança desde então. No Psol, Ivan Valente (SP) foi escolhido como líder, enquanto Chico Alencar (RJ) e Glauber Braga (RJ) ficaram como vice-líderes.