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Brasil, colaboradores, Economia

A classe média

  • Júlio Miragaya
  • 14/03/2023
  • 07:00

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Foto: Divulgação Agência Brasil

O que é, o que pensa e quais são as expectativas da classe média? Claro que não se trata de um bloco monolítico. Falamos aqui de uma suposta maioria, de como ela se expressa no contexto de disputa socioeconômica e político-ideológica entre as duas classes que polarizam as sociedades capitalistas – a burguesia e os trabalhadores. Nos últimos anos, houve no Brasil um inequívoco e progressivo deslocamento da classe média para posições liberais no contexto socioeconômico e conservadoras, no político-ideológico.

Reproduzo aqui uma “cirúrgica” abordagem do papel representado pela classe média russa em 1917, feita pelo militante comunista belga-russo Victor Serge no capítulo “As classes médias das cidades e a Revolução” de seu livro “O Ano I da Revolução Russa”: “As classes médias das cidades aderem inteiramente à contrarrevolução. São elas que lhe fornecem as forças vivas, os batalhões de choque. Nas batalhas de rua de Moscou e de Petrogrado, como nas encostas de Pulkovo, a burguesia certamente não se defende ela mesma.

“Quais são seus defensores? Os oficiais, os alunos das escolas militares, a juventude das escolas superiores, os funcionários públicos, os empregados de maior categoria, os técnicos, os intelectuais, todos gente de condição média, mais ou menos explorados, porém nitidamente privilegiados no seio da exploração e participantes da exploração.

“A inteligência técnica organiza, a uma só vez, a produção e a exploração. Ela é, desse modo, levada a se identificar com o próprio sistema e a conceber o modo capitalista de produção como o único possível. A cultura da pequena burguesia é capitalista, consequentemente, orientada para a defesa da velha ordem e da educação das massas de conformidade com os interesses dos ricos”.

E conclui: “Não era possível prever antecipadamente que as representações políticas da pequeno-burguesia cerrariam fileiras ao lado da contrarrevolução, a ponto de seguir os generais monarquistas. A revolução proletária lhes parecia uma ascensão de bárbaros. A burguesia e a pequeno-burguesia recorrem, de saída, à sabotagem. A sabotagem é uma tentativa de organizar a fome, isto é, atingir toda a população operária”.

Claro que a Rússia de 1917 não é o Brasil de hoje. Mas é fato que a maioria da classe média apoiou o golpe militar de 1964, quando da redemocratização, engrossou as fileiras do MDB, em seguida aderiu em massa ao PSDB e, com a derrocada deste, não titubeou em se alinhar com a extrema-direita representada por Bolsonaro. Sempre refutando medidas em prol da classe trabalhadora e defendendo o “Estado Mínimo”, a precarização do trabalho, a privatização das estatais, etc.

Cuba, Venezuela e Nicarágua

Esses sãoos três países mais atacados pela direita brasileira. Mas ataques efetivos advêm do governo dos EUA, por não se dobrarem aos desígnios do imperialismo norte-americano. Cuba enfrenta um colossal boicote há 62 anos, Venezuela e Nicarágua, há cerca de uma década. A estratégia imperialista tem sido sabotar a economia de um país, levar o desemprego a níveis insuportáveis, provocar a miséria e a fome e abrir caminho para instaurar regimes alinhados aos EUA.

Claro que cabem críticas aos líderes desses países em relação a diversas questões, mas é decepcionante ver líderes de esquerda, como o presidente Boric, do Chile, não levar em conta todo este contexto, e não condenar a estratégia norte-americana de asfixiar a economia desses países. E pior, não ter a mesma coragem para denunciar a “passada de pano” que faz a ONU em relação às ditaduras sanguinárias do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein, Kuwait e Omã), sustentadas pelo imperialismo norte-americano e pelas potências europeias.

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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