Enquanto não aprendermos a ver os outros como seres humanos e não coisas, nos apegaremos. O apego é resultante de atraso espiritual. Quanto maior o atraso, maior a carência e maior o apego. Com o despertar espiritual passamos de uma situação de busca de sensação e posse baseada no \”eu\”, para a emoção (nós) e finalmente para você que é amor. Com o amor desaparecem todas as misérias humanas.
Amor é o bem do outro quando não ajo mais por recompensa material ou simbólica. De pedinte (carente), com a cumbuca na mão, como ensina OSHO, passo para uma condição de doador. Na condição de doador sintonizo com a vibração divina que é amor. Cada vez que alguém ama torna-se instrumento de Deus. Deus é luz. Deus é amor, como ensinou o Apóstolo João Evangelista. Deus não vem pessoalmente ajudar seus filhos. Deus ajuda seus filhos por meio de seus filhos.
Pela ignorância, busca de prazer e instinto de preservação da espécie, o ser humano cometeu e comete todo tipo de abuso e patina na evolução sem querer seguir parra o estado de amor, como recomendaram todos os avatares que vieram à Terra. Santo Agostinho recomendava: \”AME, E TUDO O QUE VOCÊ FIZER ESTARÁ CERTO\”. Na mesma direção, Ghandi: \”quando o homem chega a plenitude do amor neutraliza o ódio de milhões\”.
É preciso sair da velha ilusão de posse. Ninguém é amado agredindo, ferindo, humilhando. Só se é amado, amando, e para amar, a condição básica é amar-se. Então comece pelo autoconhecimento. O autoconhecimento é a base da sabedoria. Quem sou eu? Eu sou minhas reações. Se quiser saber quem sou devo observar-me nos momentos em que reajo.
O próximo é o espelho por meio do qual posso me observar, sem distorção, se estiver interessado em me conhecer, ensinou J. Krishnamurti, psicólogo indiano. É preciso ter coragem para conhecer-se sem justificativa ou racionalizações. O ser humano gosta de parecer \”importante\” e não quer ver a realidade sobre si mesmo.
Então, se não quiser fazer isso sozinho, faça-o com a ajuda de um terapeuta. Com o autoconhecimento vem o conhecimento do outro, a sabedoria e o amor sem apego.
José Matos – DF