Em dois anos de vigência, a Virada do Cerrado conquistou a adesão da comunidade. Isso é demonstrado pelo número crescente de ações e de participantes. Em 2016, 45 mil pessoas estiveram diretamente envolvidas no programa, seja por meio de capacitações ao longo do ano, seja nas cerca de 500 atividades, em 29 regiões administrativas, durante a semana em setembro dedicada ao bioma.
Em 2015, a iniciativa mobilizou 20 mil pessoas em 21 regiões. O objetivo da Virada é estimular a conscientização sobre os cuidados com o meio ambiente e, especialmente, com o Cerrado. Assim, os temas trabalhados nas duas edições — cidadania e sustentabilidade em 2015 e mudanças climáticas neste ano — trazem a discussão para a realidade do Distrito Federal.
A tendência é que o engajamento siga crescendo. “A Virada não é só durante a Semana do Cerrado, um evento. É um programa de educação ambiental”, explica a subsecretária de Educação e Mobilização Socioambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Gabriela Barbosa. O programa, segundo ela, pretende construir uma mudança de consciência. “É uma pauta muito importante, mas as pessoas ainda estão despertando para ela”, afirma.
A área de atuação da pasta é a educação não formal, ou seja, aquela ensinada fora da escola. “Quando se pensa em educação ambiental, as pessoas associam logo à escola, um espaço muito importante. No entanto, a secretaria cuida da educação em comunidades, nos parques, nas cidades”, resume a subsecretária.
São exemplos que vão além do ambiente escolar as retiradas de entulho e lixo em unidades de conservação e a recuperação da cobertura vegetal de nascentes e de áreas degradadas.
Uma das vertentes é trabalhar a discussão de forma lúdica, como na abertura da Virada deste ano, no Parque das Garças, no Lago Norte. No dia, ocorreu uma etapa do Circuito SOS Lago Paranoá de Stand-up Paddle, com o objetivo de chamar a atenção para os cuidados com o reservatório de água.
No encerramento da Virada na Semana do Cerrado, no Parque da Cidade, a Corrida pelo Clima alertou para a necessidade de barrar o aquecimento global e a elevação em 1,5 °C na temperatura do planeta. Participaram 1,2 mil corredores nos trajetos de 5 e 10 quilômetros. “A gente tem o lema que ‘se não for divertido, não é sustentável’”, afirma Gabriela.
Mutirões de plantio em 14 pontos do Distrito Federal
Tornar a sociedade parte da solução para o reflorestamento ambiental foi o foco de mutirões feitos em novembro e dezembro deste ano, como parte da programação do evento. Os locais receberam 4 mil mudas e foram indicados pela população durante as atividades da Virada do Cerrado, em setembro.
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