A saúde da capital federal ainda é um paciente que sangra. A decretação da situação de estado de emergência no setor completa amanhã um ano, mas ainda não há soluções para todos os problemas. Para o Executivo, o saldo é positivo, mas não o suficiente para abrir mão do artifício. Decreto do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que deve ser publicado no Diário Oficial do DF de hoje, prolonga por mais seis meses a vigência da medida que autoriza compras e contratos sem licitação e remanejamento de recursos do orçamento com mais agilidade.
Depois de 360 dias, problemas como o desabastecimento de medicamentos e de insumos, leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) fechados e deficit de servidores, por exemplo, ainda fazem parte da realidade dos hospitais e unidades de saúde do DF. Quem procura atendimento na rede pública diz encontrar o mesmo cenário de janeiro passado.
O secretário de Saúde, Fábio Gondim, é categórico: o decreto não trouxe a facilidade administrativa que a máquina pública precisava, por exemplo, no modelo de compra e contratação. “Não deu tanta agilidade. Fomos mais protegidos que autorizados”, explica. Contudo, a medida ainda é necessária para o planejamento da gestão, combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e fortalecimento da atenção dos serviços. “Já saímos do pico do problema. As falhas ainda existem e não vão deixar de existir, mas não vivemos mais o ápice da crise”, afirma.
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