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Pesquisador trabalha na produção de vacina contra o vírus ebola no Instituto The Jenner em Oxford, na Inglaterra
O mundo está pela primeira vez prestes a ser capaz de proteger os seres humanos contra o ebola, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (31), após dados de um teste na Guiné mostraram que uma vacina foi 100 por cento eficaz.
Os resultados iniciais do estudo, que testou a vacina VSV-ZEBOV, da Merck e da NewLink Genetics, em cerca de 4.000 pessoas que estiveram em contato próximo com um caso de ebola confirmado, mostrou 100 por cento de proteção após dez dias.
Os resultados foram descritos como \”notáveis\” e \”virada no jogo\” por especialistas em saúde. \”Acreditamos que o mundo está prestes a ter uma vacina eficaz contra o ebola\”, disse a especialista em vacinas Marie Paule Kieny, da OMS, em uma entrevista à imprensa em Genebra.
A vacina pode agora ser usada para ajudar a acabar com o pior surto de ebola já registrado até hoje, que matou mais de 11.200 pessoas na África Ocidental desde que foi detectado em dezembro de 2013.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que os resultados, publicados online na revista médica The Lancet, são um \”desdobramento extremamente promissor\”. \”Esta vai ser uma virada de jogo\”, disse ela a jornalistas. \”Vai mudar a gestão do atual surto de ebola e de futuros surtos.\”
Esse e outros experimentos de imunização foram acelerados com enorme esforço internacional de pesquisadores para conseguirem testar terapias e vacinas enquanto o vírus ainda estava circulando com força.
\”Sabíamos que era uma corrida contra o tempo e que o experimento tinha de ser realizado sob as circunstâncias mais difíceis\”, diz John-Arne Röttingen, chefe da área de controle de doenças infecciosas no Instituto Norueguês de Saúde Pública e presidente do grupo de acompanhamento do experimento.
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A entidade beneficente Médicos sem Fronteiras (MSF), que vem liderando a luta contra o ebola na África Ocidental, está agora apelando para que a VSV-ZEBOV seja levada aos outros focos do surto, Libéria e Serra Leoa, onde a entidade diz que poderia quebrar cadeias de transmissão e proteger os trabalhadores de saúde na linha de frente do atendimento aos doentes.
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