SPU é motivo de racha entre PT e base aliada de Dilma

A presidente Dilma Rousseff precisará desatar mais um nó entre seu partido e parlamentares da base aliada. Desde o início do ano, o PT reivindica a gerência da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) no Distrito Federal. Mas deputados e senadores de partidos que dão sustentação ao governo no Congresso querem a vaga.

Num primeiro momento, três petistas concorriam ao cargo hoje ocupado pelo técnico Sérgio Antônio Gonçalves, que em 2013 sucedeu a ex-deputada Lúcia Carvalho, envolvida em suspeitas de irregularidades na legalização de terras no assentamento Cana do Reino, entre Taguatinga e Brazlândia.

Estavam cotados para a gerência local da SPU a ex-secretária de Habitação do governo Agnelo, Jane Diehl, o ex-administrador de Vicente Pires e candidato derrotado a deputado distrital, Dirsomar Chaves, e o ex-administrador de Taguatinga e do Cruzeiro, Antônio Sabino. Jane e Dirsomar são ligados ao grupo político do ex-deputado federal Geraldo Magela.

O PT convergiu para apoiar Antônio Sabino, pelo seu perfil de funcionário de carreira da Câmara dos Deputados, onde foi diretor de Comunicação Administrativa, além de ter sido subsecretário de Obras do governo Agnelo Queiroz.

Mas a bancada brasiliense no Congresso que apóia o Palácio do Planalto – à exceção da petista Érika Kokay – tem outro nome para o cargo. O coordenador do grupo, senador Hélio José (PSD), que fala em nome dos deputados Ronaldo Fonseca (PR), Rôney Nemer (PMDB), Laerte Bessa (PR), Rogério Rosso (PSD) e da própria Érika, afirma que a escolha recairá sobre um técnico concursado.

“Indicaremos uma pessoa comprometida com o sistema e com capacidade para fazer a gestão da coisa pública. É um nome de consenso entre os deputados e o senador da bancada de Brasília que dão sustentação à presidente Dilma. Nunca houve essa história de reserva de espaço para o PT”, reagiu Hélio José.

O deputado distrital Chico Vigilante confirma o interesse do PT local de indicar o sucessor de Sérgio Gonçalves na SPU. “Temos gente qualificada e com experiência para a função”, disse Vigilante. Segundo ele, o nome mais forte dentro do partido para o cargo é mesmo o de Antônio Sabino.

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