Com o projeto Abandonados, Sérgio Costa Vincent espera chamar a atenção de autoridades para a questão.
Fotógrafo há 10 anos, Sérgio Costa Vincent ministra algumas oficinas pela cidade. Na maioria delas, aborda a questão da nudez artística. Ao sair de uma aula, cruzou com o Teatro Nacional. A porta de vidro da Sala Villa-Lobos estava fechada. Tentou o outro lado. Tapumes de madeira impediam (e ainda impedem) a entrada de pessoas na Martins Pena. “Vi um pessoal fazendo uso de drogas naquelas escadarias laterais”. Foi o bastante para provocar uma reação.
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Sérgio convidou voluntários que fossem “comprometidos com a arte” e que, como ele, estivessem dispostos a protestar contra o fechamento dos principais espaços culturais públicos de Brasília. Assim, surgiu o projeto Abandonados, cujo nome parece definir a situação atual dos equipamentos artísticos do DF. Mais do que nunca, o corpo nu se tornou um meio de expressão no trabalho do fotógrafo.
“A nudez provoca, incomoda, seduz. É preciso convocar as autoridades, de forma contundente, a agir em prol da cultura e reverter o absurdo em que se encontram esses espaços”, afirma. A falta de roupas, de acordo com o artista, ilustra uma metáfora irrevogável: “Quando vamos ao teatro, a algum espetáculo de arte, vestimos nossos melhores trajes, colocamos maquiagem, passamos perfume. Na situação vigente, não necessitamos de nenhuma dessas coisas, pois não há aonde ir, nem ao que assistir”, sugere, como se perguntando: “Para quê roupa?”
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