O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que está insatisfeito com a baixa taxa de crescimento econômico do Brasil, mas minimizou a necessidade de grandes mudanças na política econômica adotada pela sua sucessora, Dilma Rousseff, que tenta a reeleição. Para ele, o país tem sofrido da mesma desaceleração que atinge a Europa e os Estados Unidos, mas consegue criar empregos em ritmo mais rápido. “Obviamente o PIB nosso não é o PIB que a gente gostaria”, reconheceu ele, em conversa com jornalistas estrangeiros.
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A economia brasileira tem avançado só 2% ao ano, em média, desde que Dilma tomou posse, em 2011, e a inflação tem ficado acima dos 6%. Investidores têm monitorando de perto os comentários da presidente e de seu antecessor e conselheiro, à procura de sinais de uma política mais amigável ao mercado.
Comparação
“Quando as pessoas acham que o Brasil não cresceu muito nestes últimos quatro anos, a pergunta que faço é: quem cresceu mais?”, questionou Lula. Um repórter mencionou países na América Latina, como Peru e Chile, que tiveram expansão maior. “São pouquíssimos”, rebateu o ex-presidente.