Ex-governador não tem dúvida de que a distrital estará em sua chapa
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Em menos de três semanas, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) oscilou da certeza de que a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB) seria sua vice na disputa pelo palácio do Buriti nas eleições de setembro, para a dúvida de quem, afinal, será seu parceiro de palanque.
Na segunda-feira (30), a distrital Eliana Pedrosa (PPS) foi ao comitê de Arruda na Colônia Agrícola Samambaia, à margem da EPTG, confirmar a intenção de compor a chapa do ex-governador. Horas depois, no entanto, a direção nacional do partido interviu na instância local e cancelou o acordo.
Eliana se rebelou. Na quarta-feira (2) reafirmou o apoio a Arruda e o imbróglio caminhou para o impasse. A Justiça deve se pronunciar até o próximo dia 10. Até lá, a desejada coligação ficará subj-júdice.
Arruda, no entanto, não tem dúvida de que a distrital vencerá o embate com o partido e será, de fato, a vice em sua chapa. “A vice é a Eliana. Ela fez um ato jurídico perfeito e estará conosco até o fim”, declarou Arruda ao Brasília Capital na quinta-feira (3). E completou: “ela enfrentou a guerra com muita coragem”.
Ainda assim, aliados muito próximos ainda alimentavam especulações de um suposto “Plano B”. A primeira opção, segundo eles, seria o ex-deputado federal Jofran Frejat (PR). Mas há quem defenda a indicação da ex-primeira-dama Weslian Roriz, que, até o momento, é a primeira suplente na chapa de reeleição do senador Gim Argello (PTB).
Rollemberg e Pitiman ficam mais fracos
Mal posicionados nas pesquisas de opinião que antecederam as convenções partidárias, os candidatos do PSB e do PSDB ao Palácio do Buriti, senador Rodrigo Rollemberg e deputado federal Luiz Pitiman se tornaram ainda mais fracos após as composições que indicaram seus vices. Neófitos em disputas eleitorais, Renato Santana (PSD) e Adão Candido (PPS) pouco ou quase nada acrescentam às intenções de votos dos dois postulantes majoritários.
Santana foi indicado pelo presidente regional do PSD, ex-governador biônico Rogério Rosso. Sua mais expressiva experiência foi como administrador regional de Ceilândia por um período de pouco mais de seis meses. Tem algum trabalho em comunidades carentes como Por do Sol e Sol Nascente, mas sem qualquer batismo nas urnas. Já Adão Cândido é sociólogo e militante histórico do partido. Porém, da mesma forma que o vice de Rollemberg, jamais disputou uma eleição.
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Contra o vice de Rollemberg, porém, há um agravante. Segundo o colunista do Jornal de Brasília, Mino Pedrosa, em nota publicada na quarta-feira (2), o nome de Santana teria sido imposto à chapa para assegurar o apoio do PSD por exigência do delator do escândalo da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, antecessor de Rogério Rosso na presidência da Codeplan.