Os partidos realizarão as convenções para escolher os candidatos entre 10 e 30 de junho. Esse é o prazo legal para os encontros políticos mas, diante do cenário intrincado da capital federal, a maioria das legendas marcou as reuniões regionais para o fim do prazo. A ideia é ver como rivais e possíveis aliados vão se posicionar antes de definir alianças e coligações. Os presidentes das siglas não querem tomar nenhuma decisão sem saber o destino dos outros partidos e, por isso, a maioria das convenções acontecerá entre 28 e 29 de junho, na reta final dos prazos eleitorais. Os líderes partidários reconhecem que a estratégia é adiar ao máximo os encontros, mas sabem que isso traz um risco. Afinal, em caso de impasses, haverá pouco tempo hábil para resolver questões pendentes.
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Dos seis pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal, só a chapa de Agnelo Queiroz (PT) está definida. Ele repetirá a dobradinha com Tadeu Filippelli (PMDB) e, no mês passado, os petistas escolheram o deputado federal Geraldo Magela como concorrente ao Senado. No grupo, faltam apenas os nomes dos dois suplentes de senador, o que devem ser definidos para o fim do mês. Já a formação das chapas majoritárias das outras cinco chapas ainda é um mistério e alguns dos pré-candidatos negociam para fundir os grupos e se fortalecer para a corrida eleitoral.
Luiz Pitiman (PSDB), José Roberto Arruda (PR), Rodrigo Rollemberg (PSB), Toninho do PSol e Eliana Pedrosa (PPS) querem concorrer ao Palácio do Buriti, mas nenhum deles escolheu o candidato a vice-governador. A tendência é de que a definição dos nomes ocorra em cima da hora das convenções, para as decisões serem apenas referendadas durante os encontros partidários. Desses pré-candidatos, apenas Rollemberg e Arruda já fecharam os nomes para a disputa ao Senado. O PSB vai apoiar a candidatura de Reguffe (PDT) e Arruda estará com Gim Argello, que tentará a reeleição.
Cada partido tem liberdade para definir as regras gerais das convenções. As normas dessas reuniões políticas estão nos estatutos das agremiações. A Constituição Federal e a Lei nº 9.096/1995, conhecida como lei dos partidos políticos, garantem aos siglas plena autonomia para definir suas estruturas e regras de funcionamento. A maioria das convenções regionais será realizada depois dos encontros nacionais. Essa ordem natural é importante para que os partidos sigam nos estados as diretrizes definidas pelos comandos nacionais.