Fibra quer indústria mais competitiva
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Segundo a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), o DF é a unidade da região que menos investiu no setor industrial
A Federação das Indústrias de Brasília (Fibra) lançou quarta-feira 14 dois documentos com propostas para o desenvolvimento do setor. O primeiro, a Agenda Legislativa da Indústria do DF 2014, chega à sua décima segunda edição, após amplo debate para definir os 30 temas em tramitação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que têm relação com o cotidiano das empresas locais. O evento ocorreu na sede da entidade, com a participação do governador Agnelo Queiroz, deputados distritais e federais, e representantes de entidades de classe.
Já o segundo documento, a Pauta da Indústria, reconhece que o DF experimentou nos últimos quatro anos um crescimento acima da média dos estados da Região Centro-Oeste, mas atribui esse resultado ao setor público. Para os empresários, há um forte mercado consumidor a ser explorado.
O documento com as propostas foi dividido nos seguintes temas: Tributação, Relações de Trabalho, Meio Ambiente, Infraestrutura, Inovação, Política Industrial e Regulação Econômica. Entre as reivindicações apresentadas estão: linhas de crédito mais atrativas para a indústria local, criação do Fundo Garantidor Distrital, fiscalização na entrada de mercadorias nos estados, reforma tributária e criação do código de defesa do contribuinte, entre outros. Segundo a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), o DF é a unidade da região que menos investiu no setor industrial.
“Este documento é importante porque é o próprio setor produtivo quem sabe quais são os gargalos e as dificuldades. O documento contribui tanto em propostas quanto em legislação” – disse o governador Agnelo Queiroz, agradecendo a “ajuda” da Câmara Legislativa na elaboração do orçamento do DF. Ele comentou que isso fez com que o DF pudesse alcançar hoje um dos melhores índices de crescimento econômico do país. “Neste ano estamos investindo na cidade mais de R$ 2,3 bilhões, algo que nunca aconteceu antes” – afirmou, ao sustentar que reconhece o “esforço suprapartidário” da Fibra na elaboração de uma agenda legislativa, com suas posições divulgadas com transparência.
O presidente da Fibra, Antônio Rocha, enfatizou que a economia local “está abaixo do seu potencial”. Por isso, explicou, o setor produtivo quer ampliar o diálogo com o Executivo e com o Legislativo a fim de propor medidas que possam elevar a produção industrial. Ele disse que as propostas defendidas na Agenda Legislativa da Fibra buscam incrementar vários outros setores da economia local, a fim de proporcionar maior oferta de emprego e renda.
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“Não importa qual seja o nosso partido político. Nós, parlamentares, temos de estar comprometidos com as propostas em favor da nossa cidade. E a contribuição dos empresários, por meio da Agenda Legislativa, é extremamente relevante para que possamos ouvir suas reivindicações” – exortou o deputado Wasny de Roure (PT), presidente da Câmara Legislativa.
Wasny lembrou que a CLDF tem dado sua contribuição para garantir crescimento da economia local, informando que os projetos de lei que proporcionam benefícios ao desenvolvimento da cidade estão sendo votados com maior celeridade nos últimos anos. “Uma das nossas prioridades tem sido colocar a cidade na legalidade, como estamos fazendo na apreciação da Lei de Uso e Ocupação do Solo” – ressaltou.
Na Agenda Legislativa da Indústria do DF para 2014, distribuída na solenidade, os empresários informam quais os projetos em tramitação na Câmara Legislativa que afetam as atividades econômicas, explicam quais as mudanças embutidas nas proposições e adiantam o posicionamento da entidade, “convergente ou divergente”.
Entre os projetos analisados pelos empresários, eles defendem, por exemplo, a aprovação do Projeto de Lei 730/2012, do deputado Wellington Luiz (PMDB), que cria o programa IPTU-Verde, destinado a proteger, preservar e recuperar o meio ambiente do DF. São também favoráveis ao Projeto de Lei 1.767/2014, da deputada Eliana Pedrosa (PEN), que institui o Programa de Aceleração Star-Ups de Base Tecnológica, que “alavanca negócios de risco”. (Agências Texto Final de Notícias, Fibra, Câmara Legislativa e GDF).