O presidente da Agência de Promoção de Exportações (Apex Brasil), Jorge Vianna, anunciou que empresas chinesas vão investir R$ 27 bilhões no Brasil. A declaração foi dada em Pequim, nesta segunda-feira (12), onde uma comitiva liderada pelo presidente Lula, com a presença de 11 ministros, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e de 200 empresários, busca fortalecer as relações com o principal parceiro comercial do país.
Os principais investimentos, segundo o Planalto, vêm da montadora GWM e da inauguração de duas fábricas de semicondutores da Longsys em São Paulo e Manaus. Outras grandes operações que chegam ao Brasil são a da Mixue, maior rede de sorvetes e bebidas do mundo, e do Keeta, versão chinesa do iFood.
ENERGIA LIMPA — De olho no potencial para bioeconomia, Lula fechou uma parceria de R$ 1 bilhão na produção de SAF (combustível renovável para aviação) por meio da Envision Group, e na criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em parceria entre a Windey Technology e o Senai-Cimatec, referência em tecnologia e inovação na indústria, na área de energia renovável.
“Todas essas sinergias buscam fazer parcerias na área de desenvolvimento tecnológico, incluindo formação de talentos e a instalação de centros de pesquisa e produção no Brasil. Somos um dos países que mais investiu em eólico e solar, mas hoje é carente de poder armazenar essa energia”, pontuou o ministro Rui Costa (Casa Civil).
De janeiro a março de 2025, o intercâmbio comercial entre os países foi de US$ 38,8 bilhões. No período, o Brasil exportou US$ 19,8 bilhões e importou US$ 19 bilhões. Entre os principais produtos exportados para o mercado chinês estão óleos brutos de petróleo, soja e minério de ferro e concentrados. Por outro lado, importa principalmente embarcações, equipamentos de telecomunicações, máquinas e aparelhos elétricos e peças utilizadas na indústria de transformação.