Quem trabalha ou já trabalhou numa agência de publicidade sabe: é um sofrimento a história de se aprovar uma logo – principalmente se for uma adaptação da antiga marca –, coisa inimaginável se, ainda mais, os que decidem formam parte de um sisudo grupo de diretores da empresa.
Para resolver o problema, um publicitário meu amigo, lá pela década de 1970, resolveu isso de uma forma inteligente e de baixo custo: comprava um anuário de marcas criadas mundo afora, escolhia uma que tivesse alguma ligação com a empresa e oferecia como alternativa para a identificação do cliente.
Sempre dava certo!
Voltando ao assunto, a marca da LG, formada pelas iniciais L e G, hoje traduzidas como Life is Good, vem tentando ser substituída, mas até agora não deu certo: os executivos da empresa resistem à mudança daquele LG com as letras formando o rosto de alguém, sem dispensar um ponto no meio daquilo tudo, indicando que este alguém só tem um olho. (Preste atenção!).
Como aqui não é a Wikipédia, vamos mudar de assunto e falar também das marcas recentes. A Enel é um bom exemplo. Chegou a São Paulo cumprindo a arrebatadora onda de privatizações da locomotiva brasileira – como dizem, modestamente, os paulistas.
Agora, dê uma olhada acurada (!) no logotipo: todas, rigorosamente todas, as letras da marca vão se esfumaçando – imagem que lembra o contrário de energia.
Aí você contra-argumenta: a marca da Coca-Cola tem mais de 100 anos. E eu respondo: pois tem o ditado filosófico que assegura exceções em todas as regras.