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colaboradores, Esporte

Por um novo ranking olímpico!

  • Júlio Miragaya
  • 13/08/2024
  • 09:21

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Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 terminaram com uma distribuição de medalhas por países para lá de previsível: EUA amealhando 126 medalhas, seguido da China com 91, Grã-Bretanha, França, Austrália, Japão, Itália, Países Baixos, Alemanha, Coreia do Sul e Canadá. EUA e China empataram com 40 medalhas de ouro cada, seguidos de Japão, Austrália, França e Grã-Bretanha.

Mais uma vez, vê-se o ranking das principais potências olímpicas dominado pelos países ricos, integrantes do G-7, e seus parceiros Austrália, Coreia do Sul e Países Baixos. Furam essa bolha a China e a Rússia, esta excluída pelo Comitê Olímpico Internacional, que não adotou o mesmo critério para impedir a participação de Israel.

Mas qual é mesmo o ranking dos Jogos Olímpicos? Medalhas de ouro ou total de medalhas? O COI não estabelece qualquer ranking, tarefa que fica para a interpretação de cada país ou para a mídia. Na ampla maioria dos casos, a classificação se dá pelo número de medalhas de ouro. Mas há quem classifique pelo total de medalhas. Num caso ou noutro, o ranqueamento é controverso.

Nas Olimpíadas de Sidney (2000), o Brasil foi considerado 53º, sem medalha de ouro, mas com 6 de prata e 6 de bronze em 8 modalidades, ao passo que Moçambique ficou à frente com apenas uma medalha, de ouro. É razoável afirmar que Moçambique teve melhor desempenho esportivo que o Brasil?

Os casos são inúmeros. Em Atenas (2004), a Noruega obteve 6 medalhas, sendo 5 de ouro. Já os Países Baixos tiveram 4 medalhas de ouro, num total de 22. Quem teve melhor desempenho? Não parece apropriado que a classificação se dê pela quantidade de “ouros” recebida. Tampouco seria adequado considerar total de medalhas desprezando a singularidade do ouro.

O mais apropriado seria atribuir pontos a cada medalha. Em 1912, em Estocolmo, houve uma tentativa de classificação atribuindo-se 3 pontos às medalhas de ouro, dois pontos às de prata e um ponto às de bronze. Não prosperou. Soa mais razoável atribuir um peso maior à medalha de ouro, como 4 pontos.

A pontuação é utilizada em diversos esportes. No futebol, a Fifa ranqueia as seleções nacionais, assim como a UEFA e a Conmebol ranqueiam os clubes da Europa e da América do Sul considerando suas colocações nos respectivos campeonatos continentais. O mesmo faz a CBF com os clubes brasileiros.

No automobilismo, a FIA atribui 25 pontos ao vencedor de uma corrida de Fórmula; 18 ao 2º colocado; 15 ao 3º e assim sucessivamente até o 10º colocado.  Se um piloto em três corridas for vencedor em duas, quebrando na terceira, terá somado 50 pontos. Já outro piloto sendo 2º colocado em duas e 3º em outra terá somado 51 pontos.

 Em Paris, a Irlanda, com 4 medalhas de ouro e 3 de bronze, aparece à frente do Brasil, que obteve 3 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze, num total de 20. Na pontuação proposta, a Irlanda somaria 19 pontos contra 36 do Brasil.

Também deveria ser considerada a quantidade de modalidades esportivas que obtiveram medalhas. O Uzbequistão conquistou 13 medalhas em Paris (8 de ouro), todas em apenas uma única modalidade, o boxe. Já as 20 medalhas do Brasil vieram em 11 modalidades e as 18 da Espanha, em 12.

Os EUA são a maior potência olímpica desde a dissolução da União Soviética. Considerando a pontuação proposta, a média das seis últimas edições atribui aos EUA 264 pontos, tendo obtido 290 em Paris. Segue a pontuação das outras 19 principais potências olímpicas, com a pontuação média entre 2000 e 2021 (Tóquio) e a obtida em Paris:

China (207/240), Rússia (165/excluída), Grã-Bretanha (123/129), Austrália (99/126), Alemanha (96/84), Japão (84/117), França (82/138), Itália (70/89), Coreia do Sul (64/80), Países Baixos (55/86), Cuba (47/16), Hungria (42/44), Espanha (38/37), Ucrânia (38/26), Canadá (35/61), Brasil (33/36), Romênia (28/22), Nova Zelândia (27/57) e Polônia (27/17).  O surpreendente Uzbequistão com média de 12, fez 39 pontos em Paris.

A importância política dos jogos é latente. Em 1936, Hitler fez dos jogos de Berlim peça de propaganda do regime nazista. Entre 1952 e 1992, paralelamente à Guerra Fria, EUA e URSS travavam uma “guerra” pelo melhor desempenho nas olímpíadas (a URSS levou a melhor em 7 jogos contra 4 dos EUA). Desde 2008 a disputa é EUA versus China.

A pontuação permite identificar mais claramente os países com melhor desempenho esportivo, fugindo dos casos em que um ou dois superatletas levam seu país ao topo (caso do jamaicano Usain Bolt), sem que isso represente um desempenho expressivo do país em esportes de alto rendimento.

Vale a reflexão!

Curiosidades olímpicas: i) na prova de atletismo do revezamento 4x400m, se o quarteto de Botsuana tivesse sido 1 décimo de segundo mais rápido, tiraria a medalha de ouro da equipe norte-americana e os EUA, com 39 ouros, fechariam sua participação, segundo a mídia, atrás da China, com 40. Será que a mídia norte-americana adotaria o total de medalhas como critério de ranqueamento? ii) Cuba já foi uma potência olímpica. Em Barcelona (1992) conquistou 31 medalhas, sendo 14 de ouro e em Sidney (2000), 29 medalhas (11 de ouro). Mas em Paris foram apenas 9 medalhas e somente 2 de ouro, reflexo da crise econômica vivida pela ilha, agravada pelo criminoso bloqueio movido pelos EUA.

Mas o que muito se viu em Paris foram atletas e treinadores cubanos disputando os jogos, em diversas modalidades (atletismo, vôlei, boxe, canoagem) por outros países. No salto triplo, a medalha de ouro foi para a Espanha, a de prata para Portugal e a de bronze para a Itália. O detalhe é que os três atletas laureados são cubanos naturalizados nesses países.

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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