Lembrei-me daquela cantiga de roda (Não sei se é fato ou se é fita/ não sei se é fita ou se é fato), por associação de ideias: justo quando fiquei sabendo que Janja, a primeira dama que não gosta de ser chamada assim, ajudou o presidente a fugir da GLO (Garantia da Lei e da Ordem no fatídico 8/1 do ano passado).
Para alguns, soa como bajulação dar importância a um fato que sequer foi confirmado oficialmente em rede nacional, com pompa e circunstância. Pra mim, isso sai da boca de quem sempre joga as decisões femininas na vala comum dos deveres da dona de casa.
Fosse um ministro solene, de gravata, paletó e um sapatênis ajeitado, as matérias seriam sobre a complexa operação para salvar o governo de uma lei que só garante ordem para quem comanda batalhões de homens armados.
No caso da Janja, é só esquecer a importância de sua fala.
Pelo visto, mais fácil do que tratar com uma socióloga, é lidar com uma dona-de-casa, cuja profissão pode ser definida como “Do Lar”.