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Segurança

Violência na América Latina

  • Júlio Miragaya
  • 31/12/2023
  • 11:00

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Quando Lula, referindo-se à disputa entre Guiana e Venezuela pela região do Essequibo, disse que não háespaço para conflito, para guerra na região, pois “aAmérica Latina é uma região de paz”, certamente se referia exclusivamente à paz entre estados nacionais, pois certamente não desconhece que aquela região é uma das mais violentas do planeta.

Há alguns dias foi divulgado o relatório do Escritório da ONU sobre crimes e drogas (UNODC), referente a 2021. Os dados apontam que ocorreram 458 mil homicídios no mundo. E o Brasil, embora possua apenas 2,5% da população mundial, registrou 10,4% dos homicídios (47.722), liderando esse ranking macabro. 

Nada menos que 54% dos homicídios (246 mil) foram registrados em apenas oito países. Além do Brasil, apareceram Nigéria (44.200); Índia (41.330); México (35.700); África do Sul (24.865); EUA (22.941); Myanmar (15.299) e Colômbia (14.159).

Os 458 mil homicídios ocorridos no mundo em 2021 significaram 5,8 homicídios por 100 mil habitantes. Em alguns países, como Dinamarca e Finlândia, esta relação foi inferior a 1 por 100 mil. Já no Brasil foi de espantosos 22,4 por 100 mil. Mas foi ainda pior na Colômbia (27,2); México (27,4); Myanmar (27,8) e África do Sul (41,4).

Observemos que entre os oito países com maior número de homicídios, três são da América Latina. Embora tenha apenas 8% da população mundial, aqui ocorreram 27% dos homicídios (124 mil). 

A África registrou número 176 mil, mas, como sua população é de 1,5 bilhão, a relação homicídios por 100 mil habitantes, de 12,0, foi inferior à latino-americana (19,2). Na América do Norte, a relação foi de 7,1; na Europa, 2,2; na Ásia, 2,3; e na Oceania, 2,9.

Os homens são maioria entre os assassinados (81%), contra 19% de mulheres. Mas, entre essas, 54% são assassinatos ocorridos no ambiente doméstico. As crianças assassinadas em 2021 somaram inacreditáveis 71,6 mil (15% do total) e nada menos que 41,2 mil dos assassinados eram líderes sindicais e comunitários,ambientalistas, defensores dos direitos humanos ejornalistas, a maioria na América Latina, com maiorconcentração na Colômbia. 

A região também pontuou nas mortes envolvendo gangues e crime organizado, com 50 mil assassinatos, ou 50% dos 100 mil ocorridos em todo o planeta, com destaque para México e Brasil.

De 2000 a 2021, foram registrados 9,5 milhões de homicídios no mundo, superando o 1,5 milhão de mortos em guerras e as 340 mil vítimas de terrorismo. Portanto, mesmo não havendo guerras na América Latina nas últimas décadas, isso não impediu que ela fosse a região mais violenta do planeta, incluindo a violência política e social promovida por inúmeros regimes ditatoriais que atormentaram os povos da região por longos períodos.

E a razão para ser a mais violenta não é a pobreza, pois África e Ásia são mais pobres. Tampouco, por ser a mais xenófoba – a Europa é imbatível. É a mais violenta por ser a de maior desigualdade social. Não por acaso, na lista dos oito países com mais homicídios, os três latino-americanos, os dois africanos e os EUA se destacam pela extrema desigualdade social.

Enfim, trata-se de uma mistificação afirmar que a América Latina é uma região de paz. E mesmo sendo fatoque os conflitos bélicos tenham praticamente desaparecido do continente, vale lembrar que muitos ocorreram nosséculos XIX e XX.

Aliás, alguns envolvendo o Brasil, colocando por terra outro mito, de que a delimitação das fronteiras do Brasil com seus vizinhos se fez exclusivamente em negociações pacíficas, sem guerras, omitindo quea porção sul do Mato Grosso do Sul foi tomada do Paraguai na Guerra contra aquele país em 1864/70 e que o Acre foiocupado militarmente e tomado da Bolívia em 1902/03.

Argentina

O pacote antiprotestos do governo Milei, buscando impedir que os movimentos sociais promovam bloqueios de ruas, avenidas e praças públicas no país, tem o claro objetivo de cercear a reação da população medidas impopulares que o governo liberal-reacionário começa a implementar. Quem conhece a história de resistência do movimento sindical e popular da Argentina sabe bem o que o aventureiro Milei vai colher com mais esta bravata…

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Júlio Miragaya

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