O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), teria indicado Gustavo Gaspar, sócio do haras em que cria seus cavalos, como funcionário fantasma no Senado, segundo o UOL. A reportagem aponta que Gaspar estaria lotado no gabinete da liderança do PDT e receberia mais de R$ 17 mil.
A denúncia aumenta o coro pela demissão de Juscelino Filho. Pesa contra o parlamentar maranhense a acusação de utilizar avião da FAB para ir a leilão de cavalos em São Paulo. Enquanto deputado federal, ele teria destinado R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma estrada próxima às fazendas de sua família.
A presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann, defendeu que Filho pedisse afastamento “para poder justificar se for justificável o que ele fez” para evitar “constrangimento de parte a parte”. Em resposta, o União Brasil, partido do ministro das Comunicações, divulgou nota em que cita que “o direito de defesa e presunção de inocência são válidos para Gleise, Juscelino e todos os brasileiros”. O comunicado é assinado por Efraim Filho e Elmar Nascimento, líderes da sigla no Congresso Nacional.
Nas redes sociais, Juscelino Filho afirmou estar “comprometido em esclarecer ao presidente Lula todas as denúncias infundadas feitas pela imprensa” e reiterou que “não houve irregularidades” no episódio das viagens. O presidente Lula já indicou que caso o ministro não consiga provar sua inocência, “ele não pode ficar no governo”.