O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse que assinaria, no dia 26 de outubro, o decreto de volta às aulas 100% presenciais nas escolas públicas do DF. Como forma de salvar vidas e contestar a medida precipitada, o Sinpro-DF lançou a campanha “É pela Vida – retorno 100% presencial só com segurança”.
A iniciativa do sindicato foi desenvolvida após pais, mães, responsáveis, professores(as) e membros de toda comunidade escolar manifestarem preocupação com o anúncio de retorno 100% presencial às aulas em plena pandemia, feito pela secretária de Educação Hélvia Paranaguá.
O comunicado, veiculado em vídeo de 30 segundos publicado nas redes sociais da Secretaria de Educação, foi feito sem qualquer diálogo com o sindicato, representante máximo da categoria do magistério público.
A campanha É pela Vida – retorno 100% presencial só com segurança quer mostrar ao GDF que a pauta defendida é uma demanda da sociedade. Por isso, uma das ações é publicar vídeos com depoimentos de membros da comunidade escolar dizendo o porquê de serem contrários ao retorno 100% presencial neste momento.
Outra ação que compõe a campanha e envolve a sociedade é o envio de mensagens a deputados distritais e emissoras de TV e rádio, mostrando o desacordo com a suspensão do sistema híbrido nas escolas públicas, em plena pandemia.
“Graças à vacinação e às medidas de segurança sanitária, os números de mortes decorrentes da covid e de casos graves da doença estão diminuindo. É por isso mesmo, por todo esforço que fizemos para melhorar um cenário de tamanha tristeza, que não podemos agir precipitadamente e retroceder no importante avanço que conseguimos”, afirma a dirigente do Sinpro, Rosilene Corrêa.
E ela continua: “Todos nós queremos que as aulas 100% presenciais sejam uma realidade, mas precisamos de condições para isso, pois a defesa da vida deve ser a principal luta”.
A sociedade também está convidada a participar da campanha, que é pela vida de todos nós. Mande mensagem para os deputados distritais dizendo que é contrário ao retorno das aulas 100% presenciais.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital