O Ministério Público do Distrito e Territórios (TJDFT) pediu que a Câmara Legislativa do DF (CLDF) decrete a perda imediata do mandato do deputado distrital Robério Negreiros (PSD).
O distrital foi denunciado por falsidade ideológica e peculato por, supostamente, ter assinado a folha de ponto na Câmara Legislativa enquanto fazia viagem de turismo aos Estados Unidos. Arlécio Alexandre Gazal, funcionário da Casa, também foi denunciado por peculato e prevaricação.
As assinaturas no ponto teriam ocorrido nos dias 6, 7, 8, 13 e 14 de novembro de 2018. Segundo a acusação, a ausência do deputado pôde ser comprovada pelas redes sociais, em postagens feitas por ele, amigos e familiares.
O MPDFT apontou que, para que as assinaturas fossem inseridas de forma fraudulenta “e de modo a encobrir os rastros da empreitada criminosa, era imprescindível a participação efetiva de um servidor responsável pela colheita e guarda dos documentos das folhas de ponto”. Segundo as investigações, o funcionário público que ajudou Robério foi Arlécio Alexandre Gazal.
Gazal atuou como diretor-legislativo da CLDF. Em 2019, a Polícia Civil do DF (PCDF) encontrou com o servidor canhotos de cheques nominais ao deputado distrital Agaciel Maia (PL), no valor de R$ 300 mil. A suspeita dos investigadores, à época, era de que Gazal participava do negócio de “rachadinha” envolvendo Maia.
Os policiais também encontraram com Gazal contrato de compra e venda de uma casa no litoral do Rio Grande do Norte, que seria de propriedade do distrital. O imóvel teria sido repassado a Gazal em suposta transação envolvendo pagamento de R$ 500 mil.