Como cidadão, sou contra o impeachment do genocida que deseja ser chamado de Presidente. Mesmo com tantos crimes de responsabilidade previstos na Lei 1.079/50, o processo é longo e demanda muitos recursos públicos. Estamos no momento de salvar vidas. Por isso, precisamos defender a prisão imediata do maior responsável por todo esse mal.
Entendo, também, que ele não está sozinho, pois é possível afirmar que boa parte dos congressistas tornaram-se cúmplices da barbárie e da matança que se sucede no Brasil. Inclusive, espero que o povo munido da consciência de classe e do título de eleitor, em 2022 expurgue da política esses elementos deletérios.
Podemos identificar facilmente o quão autoritário é o governo federal. A nova ordem agora é prender pessoas que democraticamente exerçam a sua liberdade de expressão política. Uma espécie de mordaça ideológica, típica de governantes que desprezam a democracia.
Este mesmo governo extinguiu a maioria dos conselhos populares, concentrando, assim, poder nas mãos de poucas pessoas, na contramão ao modelo participativo praticado em governos progressistas. Geralmente, o autoritarismo é fundamentado por “ordem e hierarquia”, abrindo espaço para mais desigualdade. É uma concepção radical que tenta justificar tal desigualdade como resultado natural da vida, seja por imposição ou por uma obediência incondicional.
Isso fica claro ao observarmos o alto índice da ocupação de cargos importantes da República por militares que insistem deliberadamente em destruir a própria biografia, ainda que, por consequência, o inominável obscurantista esteja de forma vil degradando a imagem das Forças Armadas, que deveriam servir ao país e não a governos.
Inegavelmente, estamos vivemos um momento bastante delicado. Contudo, não podemos confundir os conceitos de Estado e de Governo. O primeiro é uma instituição soberana, com um conjunto de regras de um território que devem ser respeitadas pelo Governo, que é oficialmente o seu gestor.
O governo é transitório, mas pode deixar cicatrizes irreparáveis. Exemplo disso são as milhares de mortes ignoradas pelo Chefe do Executivo, que muitas vezes chegou a tripudiar dessas perdas, promovendo aglomerações, publicando fake news, orientando o uso de remédios ineficazes, criticando as medidas restritivas defendidas pela ciência. Para piorar, sabotou os ministros da Saúde que tentaram trabalhar em consonância com as boas práticas internacionais de combate à pandemia.
Nesse sentido, temos que reagir. O inominável ataca a imprensa, a liberdade de expressão. Ataca os outros Poderes, governadores e prefeitos, com seu insistente negacionismo. Destrói famílias, empregos e, consequentemente, a economia.
Seu ministro de Relações Exteriores é um fanático terraplanista que nada entende de diplomacia e agride verbalmente as potências fornecedores de insumos e vacinas. O recém-empossado ministro da Saúde não possui histórico que o qualifique como bom gestor e, ao que parece, seguirá as orientações ideológicas do patrocinador do caos justamente no momento em que sobra cloroquina e faltam kits para intubação de pacientes e vacinas.
Sendo assim, é completamente justificável a prisão do genocida devido aos crimes praticados contra a saúde pública, contra a dignidade humana e pela forma irresponsável de tratar a pandemia que ceifou a vida de centenas de milhares de pessoas e deixou outras com graves sequelas.
Este é o momento que devemos definir em qual lado da História vamos seguir, independentemente de credo ou religião. Todos os grupos políticos e segmentos da sociedade devem priorizar a vida e o bom senso. Não dá mais! Só a mobilização com uma forte pressão popular poderá nos livrar desse mal.
(*) Microempreendedor individual