Detida na primeira fase da Operação Lava Jato, a doleira Nelma Kodama foi libertada nesta segunda-feira (20) da carceragem na Polícia Federal em Curitiba, onde estava presa desde março de 2014. Em outubro daquele ano, ela havia sido condenada a 18 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal.
A doleira vai ser monitorada por meio de tornozeleira eletrônica. A soltura foi condicionada à assinatura de um acordo de delação premiada, que deveria ser homologado ainda nesta segunda-feira. Ela ficou conhecida após citar a música Amada Amante, de Roberto e Erasmo Carlos, em depoimento na CPI da Petrobras, em maio do ano passado.
Nelma foi considerada pelo Ministério Público Federal a líder de um grupo criminoso que operava no mercado negro de câmbio, por meio de empresas fantasmas, para abastecer o esquema do doleiro Alberto Youssef, também preso na operação. De acordo com a investigação, a movimentação financeira do grupo atingiu cerca de R$ 103 milhões em 2012 e 2013.