Brasília é referência nacional pela capacidade de fazer o teste do pezinho em 100% das crianças nascidas vivas no Distrito Federal. O exame identifica até 62 doenças nos recém-nascidos. Na quinta-feira (6), foi comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, instituído pela lei 11.605/2007 para conscientizar a população sobre a importância do programa.
O teste do pezinho é um exame de rastreio, responsável por identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas. O nome é devido ao sangue ser colhido no calcanhar do bebê, por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos e segura para coleta.
De acordo com o geneticista em doenças raras do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), Gerson Carvalho, o teste do pezinho é importante para identificar possíveis diagnósticos e mudar o desfecho da patologia.
“Realizar o teste ainda na maternidade é de suma importância, porque impede que alguma criança não colha ou colha tardiamente, que implica diretamente no sucesso de outros indicadores da triagem neonatal”.
Com recentes aprimoramentos nos laboratórios de análise do teste de triagem, o DF é capaz de identificar 62 patologias. Em casos positivos, é realizada a busca ativa pelo Serviço de Referência de Triagem Neonatal (SRTN) por meio de contato telefônico, visita domiciliar ou até envio de cartas.
A depender, a busca é realizada em parceria com a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência da criança. Em todo o caso, o teste deve ser entregue a todos os recém-nascidos, na UBS, a partir de 20 dias da coleta.
No DF, a partir da Lei Distrital 4190/2008, o teste de triagem passou a ser realizado, prioritariamente, nas maternidades, antes da alta hospitalar do bebê. “Hoje, nossa cobertura dos nascidos vivos na rede pública é de 100%”, explica a Referência Técnica Distrital em triagem neonatal, Kallianna Gameleira.