A Justiça do Distrito Federal concluiu que as condições de funcionamento do Zoológico de Brasília não oferecem risco aos animais e visitantes e, por isso, não há motivo para interditar o espaço. A decisão foi adotada pela Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios, após audiência de conciliação, nesta segunda-feira (9), entre representantes da Procuradoria-Geral do DF, do zoo e da Confederação Brasileira de Proteção Animal.
Após as mortes recentes de alguns exemplares, a confederação havia requerido o fechamento do local. A Procuradoria-Geral do DF contestou o pedido, e o juiz Carlos Frederico Maroja promoveu a audiência de conciliação entre as partes. De acordo com o diretor-presidente da Fundação Zoológico de Brasília, Gerson Norberto, a instituição adotou um conjunto de melhorias para a segurança dos animais e visitantes. Entre elas está a compra de câmeras de monitoramento que serão instaladas em vários pontos.
“Já licitamos a aquisição de 160 câmeras e ganhamos 39 equipamentos da Receita Federal, que deverão ser instalados em breve”, ressaltou Norberto.
Na audiência, foi esclarecido também que as recentes mortes, da girafa Yvelise e do ádax Gaia, não têm nenhuma relação com a do elefante Babu, em 7 de janeiro, causada por pancreatite.
“Foram fatalidades que qualquer instituição que trabalhe com vidas pode ter”, enfatizou o dirigente. Em relação ao caso do Babu, um laudo definitivo deve ser apresentado nas próximas semanas.
A Procuradoria-Geral acompanhará a compra dos equipamentos de segurança e, mediante os fatos apresentados pelos representantes da fundação, avalizou o funcionamento do zoo em condições de segurança.
Com 1,4 milhão de metros quadrados de área, o Zoológico de Brasília tem se consolidado como referência em pesquisa com animais silvestres.
Seu trabalho contribui para produção, sistematização e disseminação de tecnologias importantes para a preservação ambiental.