Pré-candidato a presidente em 2026, Romeu Zema (Novo) tenta aprovar as mais duras propostas da história do governo de Minas Gerais. Entre elas, o congelamento de salários dos servidores públicos durante o período de adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Ele reivindica 9 anos, ou 12, se for autorizado.
Privatizações – No pacote de Zema também entrariam cortes de benefícios trabalhistas e a privatização de estatais como a Cemig, criada há 71 anos pelo então governador Juscelino Kubstchek, a Copasa e a Codeminas, responsável pela extração do valioso nióbio.
Federalização – Contrário às medidas, o deputado Professor Cleiton (PV-MG) propõe a federalização dessas empresas. Entidades defensoras das carreiras de Estado e de seus direitos estão apreensivas com o pacote antisservidor e antiestado.
Mal exemplo – O congelamento do reajuste salarial já foi aplicado no Rio de Janeiro, que por duas vezes aderiu, sem sucesso, ao RRF. Um dos precursores dessas medidas, o ex-secretário da Fazenda do Rio, Gustavo Barbosa, hoje secretário da Fazenda de Minas. O plano de Zema foi feito à luz da legislação vigente, ainda do governo Bolsonaro.
Reposição – Zema poderá apresentar uma compensação de 3% no vencimento dos servidores, como reposição inflacionária dos últimos 12 meses, tentando atenuar o impacto de impedimento de reajustes por 9 anos.