Em entrevista ao O Globo, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, revelou que, no plano de golpe do 8 de janeiro, os “patriotas” bolsonaristas tinham três destinos para ele, caso tomassem o poder: 1) prendê-lo e transferi-lo para o quartel do Exército de Goiânia, matá-lo e sumir com o corpo; 2) prendê-lo e enforca-lo na Praça dos Três Poderes; ou 3) prendê-lo e envia-lo para o presídio federal, de segurança máxima, na Papuda.
“Por aí dá para as pessoas que ainda estão com pena dos que estão presos entenderem do que esse povo é capaz. Do nível de crueldade e maldade dessa gente”. Moraes recorda que estava na Europa com a família, de onde conversou, por telefone, com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e com o presidente Lula, e deu sua opinião sobre a instauração de uma GLO naquele momento.
Moraes destacou, ainda, como importante, a prisão do então secretário de segurança do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, do comandante da PM, e o afastamento do governador Ibaneis Rocha. “Estas três ações impediram que acontecesse um efeito escala para os outros estados, como eles queriam”, disse o magistrado.