Ricardo Vale argumenta que texto levou em consideração \”a questão social\”. Foto: Reprodução
Apesar dos apelos de parlamentares presentes à sessão ordinária da Câmara Legislativa do DF desta terça-feira (20), a ausência de quórum impediu que fosse levado à votação o projeto de lei nº 445/2015, de autoria do deputado Ricardo Vale (PT), mais conhecido como Lei do Silêncio, que estabelece os níveis de ruídos e os horários de sua aplicação. O autor da proposição, da tribuna, disse que a proposta levou em conta \”a questão social\”, referindo-se aos trabalhadores do setor, incluindo músicos e cantores que se apresentam em bares e restaurantes, que lotaram a galeria. Vale também se dirigiu a prefeitos comunitários que são contra o PL. \”A lei aprovada há dez anos é equivocada\”, afirmou defendendo a constitucionalidade do projeto de sua autoria. O deputado também destacou que está previsto o horário de encerramento das atividades – meia-noite – onde não houver isolamento acústico.
Antes dele, o deputado Wasny de Roure (PT), que já havia declarado voto contrário à matéria, observou que a proposta do parlamentar brasiliense havia se inspirado na legislação municipal de Belo Horizonte (MG). \”É preciso levar em conta que a cidade mineira acaba de reduzir os níveis sonoros\”, afirmou, criticando o PL 445 que aumenta esses limites no DF. \”Temos de considerar as questões relacionadas à saúde\”, declarou.
Também se posicionou contra a proposição, o deputado Chico Vigilante (PT). \”Temos compromisso com a cultura, mas não é por meio da agressão que vou mudar meu voto\”, disse, dirigindo ao grupo favorável à matéria que, da galeria, além de vaias, gritava palavras de ordem como: \”Música não é barulho\”.
O relator do projeto, deputado Reginaldo Veras (PDT), declarou que estava pronto para apresentar o seu voto – favorável à proposta – e fez um apelo para que os demais parlamentares comparecessem ao plenário. Com apenas 11 parlamentares presentes, a sessão ordinária foi encerrada pelo presidente da Casa, deputado Joe Valle (PDT).
Fonte: site CLDF