José Matos
Os americanos rotularam a geração atual de “flocos de neve”, pela fragilidade diante das dificuldades. Os novos pais, críticos dos velhos pais, superprotegem os filhos. E o resultado é este: jovens cada vez mais sem disposição para superação das adversidades pela falta de incentivos e encorajamento.
Somos seres interdependentes; não podemos viver sem incentivo e ajuda uns dos outros. Os índios, vistos como selvagens, dão lição de criação dos filhos para os chamados civilizados.
Nenhum adolescente torna-se adulto se não passar em várias provas de bravura e gratidão à natureza. Eles protegem e não destroem a floresta, como fazem os brancos. Os índios usam sal tirado das plantas que não eleva a pressão arterial, como faz o sal do homem branco.
Tudo começa com o sentido da vida. Não há sentido se tudo acabar com a morte. É preciso falar da importância da vida usando os exemplos dos seres vivos na natureza, da presença dos sábios que sempre os tivemos em nosso meio em todos os campos do conhecimento e da bondade.
O filósofo Sócrates dizia: “Sou apenas uma parteira”, mostrando o potencial que as pessoas carregam desde o nascimento. É hora dos pais, professores, familiares, cineastas, escritores etc. entenderem que todos devem colaborar para o fortalecimento dos jovens.
A fragilidade leva ao vazio existencial, alcoolismo, drogadição e suicídio. Sem interesse por eles – e muitos pais e professores não o têm – teremos gerações e mais gerações cada vez mais frágeis e sem sentido de vida.
Desenvolva as três virtudes: vontade, solidariedade e sinceridade; e os três sentimentos: de utilidade, dignidade e gratidão. “Aceite a si mesmo, ame a si mesmo. Ninguém nunca foi como você e nem será.
Você é único; Incomparável. Aceite isso! Celebre isso!