Caroline Romeiro
Muitas pessoas acreditam que os produtos light e diet distribuídos nas prateleiras dos supermercados são mais saudáveis. Mas isso nem sempre é verdade.
O termo light (leve) se refere a um produto que tem a redução, quando comparado com o produto original, de pelo menos 25% de qualquer nutriente presente na sua composição (sódio, gordura, carboidrato, açúcar, entre outros).
Uma informação interessante é que o seu valor calórico não necessariamente precisa ser reduzido. O que pode ser preocupante é o fato de que a indústria pode fazer uma redução de açúcar, por exemplo, estampar no rótulo “Light”, e, ao mesmo tempo, aumentar a quantidade de gordura ou outro componente, como aditivos químicos e adoçantes, com o intuito de manter as características físico-químicas e sensoriais daquele produto.
Essa troca, nem sempre é vantajosa do ponto de vista nutricional. Agora você entendeu a preocupação?
Outra questão associada aos alimentos lights é que o marketing deles sempre se refere a uma vida saudável, o que dá a entender para a população que de fato são vantajosos.
Mas a diferença entre os produtos diet e light está na redução do composto ou nutriente. Eu disse anteriormente que o light tem que ter uma redução mínima de 25%. Para ser considerado diet precisa ter a retirada total daquele ingrediente/nutriente em questão. Ou seja, redução de 100%.
Outra forma que a indústria se refere ao diet, especialmente em bebidas que tradicionalmente são ricas em açúcar, é “zero”. Esses produtos geralmente são direcionados a um público específico, que realmente não pode consumir algum nutriente ou ingrediente presente na fórmula original.
A semelhança entre alimentos diet e light? Ambos são considerados ultraprocessados. E desse grupo devemos evitar ao máximo o consumo. A regra de ouro, portanto, é priorizar alimentos de verdade, ou seja, in natura, ou minimamente processados.
(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1ª Região
Instagram: @carolromeiro_nutricionista