Ativistas dos movimentos negros do Distrito federal prestaram solidariedade à ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial do DF e advogada Josefina Serra, 53 anos. Ela alega ter sido discriminada por um grupo de policiais militares e denunciou o caso ontem à corregedoria da corporação. Pelo menos cinco entidades representativas exigem rigor na investigação do caso. “Foi uma atitude violenta. Queremos que as autoridades tomem providências para punir os responsáveis. Ela fez certo e não se calou. Mesmo sofrendo com a agressão, denunciou. Só assim seremos ouvidos”, comentou Júlia Bertó, integrante do Movimento Negro Unificado (MNU).
Ainda abatida com a situação vivida no último dia 7, Josefina se lembrou dos momentos de discriminação racial. Por volta das 18h30, a advogada passava pelo Museu Nacional em direção à Esplanada dos Ministérios, quando viu um grupo de militares abordando três jovens, entre eles, um negro. Segundo a advogada, os policiais continuaram a abordagem somente com esse adolescente. “Observei a situação e continuei andando. Gritavam com o garoto e, quando ele foi liberado, o aconselhei a ir para casa. Percebi que estavam agindo de forma preconceituosa, afinal tinham liberado os outros”, conta.
Vítima de racismo, ex-secretária recebe apoio de movimentos sociais
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