Em artigo anterior, falamos da importância do Ômega 3 durante a gestação, especialmente no que refere ao desenvolvimento do sistema nervoso central no início da vida. Neste, trataremos da importância de outro nutriente no período da gravidez: a vitamina D, que por muito tempo foi negligenciada, especialmente se considerarmos sua importância na redução do risco de doenças respiratórias e asma.
A maioria dos estudos sugere que a suplementação desse nutriente especial (também considerado um hormônio) durante a gestação melhora a resposta imune inata no período logo após o nascimento. Em estudo publicado este ano no Jornal de Alergia Clinica e Imunologia, as mães foram suplementadas com duas doses diferentes de vitamina D, durante o segundo e o terceiro trimestre de gestação. Ao nascer, o sangue do cordão umbilical das crianças foi coletado e algumas análises foram realizadas.
As mães suplementadas com doses maiores diárias de vitamina D (consideradas medicamentosas) tiveram bebês com maior peso e estatura ao nascer, além de melhor resposta imune inata, e proteção contra infecções respiratórias.
A discussão num futuro próximo sobre a vitamina D, que a maior parte da população apresenta pelo menos nível de insuficiência, é se as doses nutricionais realmente condizem com a necessidade desse nutriente, e qual seria a dose ótima para a manutenção da saúde.
De todo modo, mulheres que pretendem engravidar ou já estão gestantes, devem fazer exposição solar para produção endógena da vitamina D e procurar seu médico ou nutricionista para verificar se há necessidade de suplementação.
Lembrando que a partir de 25 mg ou 800 UI de vitamina D, já são doses prescritas apenas por médicos.