Não é de hoje que acordamos com notícias de brigas em festas ditas grã finas na madrugada anterior. Brasília é uma fonte inesgotável deste lamentável tipo de fato. As filas virtuais e a expectativa para o show de sábado do cantor Durval Lélis, no evento Na Praia, frustrou parte do público que queria apenas para dançar axé.
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Jovens, cabelo em pé, dinheiro (ou cartão de crédito) no bolso, camisa Dudalina, calça Diesel, tênis Osklen, relógio no pulso e vodka com energético no copo. Este é o uniforme da balada candanga. A predominância de baderneiros em festas como esta, impossibilita saber quem é a minoria – se os amantes da boa música ou os truculentos uniformizados.
Misturam- se neste estereótipo todo tipo de gente. As rotinas são parecidas. “Esquentam” antes da festa; pedem uma garrafa de vodka acompanhada de seis energéticos, dividem o custo entre os amigos, tiram foto da garrafa em cima da mesa exclusiva para quem pede a tal bebida da moda; postam a foto no Instagram e perdem a linha.
Daí em diante, ninguém responde por si. Qualquer besteira vira motivo para bater, apanhar, matar, morrer.
Nem as belas garotas tiram-lhes o foco em se mostrar mais macho do que o semelhante – e põe semelhança nisso!
A chegada dos seguranças só aumenta a temperatura da pancadaria. Bater em segurança é um triunfo. Mas normalmente não compensa tentar.
A verdade é que as brigas compensam para os organizadores dos shows. A paz tornou-se o produto mais caro deste tipo de evento.
Por um público ‘selecionado’ os frequentadores pagam o dobro, o triplo do preço dos ingressos dos meros mortais.
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A organização acrescenta alguns sofás e outros tipos de bebidas importadas e a entrada pula de R$ 100 para R$ 400. Claro, com a vantagem de se poder postar no Instagram as fotos no tal ‘ambiente reservado’.
Afinal, quanto vale a sua paz?
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