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Vigília Permanente

  • Cristovam Buarque
  • 29/03/2015
  • 09:03

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 Cristovam Buarque (*)

 

Nas democracias, o povo vai às ruas quando o descontentamento com o governo se alia à descrença com a oposição. E quando governo e oposição não se entendem para promover a reorientação do país, superando as razões de descontentamento e descrédito.

Após as últimas manifestações, o governo afirmou que os que foram às ruas eram os eleitores do opositor da candidata Dilma. Em vez de estimular esse terceiro turno eleitoral, a presidente Dilma deveria reconhecer que os brasileiros têm razões para estarem descontentes: a imensa diferença entre as promessas do marketing de campanha e as medidas tomadas nos primeiros dias de governo; a inflação e o aumento nas tarifas de luz e no preço dos combustíveis; o desemprego crescente; a corrupção e a devastação da Petrobras; o corte de verbas na educação; os equívocos do FIES, o baixo desempenho no Enem; a sensação de desamparo, insegurança e incerteza da população; o sentimento de falta de rumo do País.

É assustador perceber que o Brasil está mergulhado em tamanha crise sem que o governo reconheça seus erros, e sem que a oposição perceba que, embora a culpa seja do governo, o problema é de todos, e devemos tomar as decisões necessárias para salvar o Brasil e reorientar o futuro.

O governo precisa, em primeiro lugar, fazer uma análise crítica das causas de nossa atual situação e dos erros cometidos, na administração das contas públicas, na gestão de economia e na montagem da infraestrutura. Em segundo lugar, precisa fazer um mea culpa. E em terceiro, em vez de acenar com essa vaga ideia de que está aberto ao diálogo, fazer um convite a todas as forças políticas e sociais rumo a um entendimento para reorientar o país.

Não basta diálogo. É preciso entendimento. Que oposição e governo componham um programa de médio prazo com um ajuste fiscal imediato, que:

– tenha eficiência para cobrir o rombo das contas públicas;

– seja justo para proteger os mais pobres dos custos necessários;

– defina uma estratégia que preserve os investimentos essenciais ao crescimento econômico;

– tenha legitimidade decorrente desse entendimento entre os partidos da base governista e políticos de todos os matizes, além de trabalhadores, empresários e comunidade intelectual;

Para que seja possível combinar esses princípios, em parte contraditórios, o ajuste deve ser gradual, programado ao longo do tempo, sem o choque que sacrifique o presente, nem o populismo que sacrifique o futuro.

Dificilmente isso será proposto pelo governo, ou aceito pela oposição.

Por isso, a porta para o entendimento necessário à superação da crise só será aberta se a população estiver em clima de manifestação permanente, pacifica, dentro da rotina do dia a dia, carregando faixas e falas aos seus locais de trabalho, usando as redes sociais. Fazendo do Brasil uma imensa praça, em vigília permanente, até que as lideranças nacionais se entendam no propósito de salvar o Brasil.

(*) Professor Emérito da UnB e Senador pelo PDT-DF.

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