Um vídeo gravado (veja abaixo) de maneira oculta dentro do maior campo de migrantes na Hungria, na fronteira com a Sérvia, mostra as condições \”desumanas\” da distribuição de alimentos.
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O vídeo, filmado de maneira sigilosa por uma voluntária austríaca que trabalhou na quarta-feira (9) no campo de Roszke, mostra 150 migrantes dentro de um cercado em um grande salão. Eles tentam desesperadamente pegar os sanduíches lançados por policiais húngaros, que usam capacetes e máscaras.
Entre a multidão estão mulheres e crianças, que tentam segurar os sanduíches jogados no local, enquanto as pessoas que estão mais ao fundo tentam chamar a atenção das pessoas que distribuem comida.
\”Era como alimentar animais presos em um cercado, como Guantánamo na Europa\”, declarou Klaus Kufner, amigo de Michaela Spritzendorfer, a voluntária que registrou as cenas, divulgadas no Youtube na quinta-feira.
Os dois, ao lado de outros voluntários, seguiram para o acampamento para levar comida, roupa e medicamentos.
\”Era desumano, e isto também mostra algo sobre estas pessoas (os migrantes), que não brigaram pela comida, embora estivessem com fome\”, disse Spritzendorfer.
Na terça-feira (8), a Agência da ONU para os refugiados criticou as duras condições no campo de Roszke, enquanto a Hungria tenta administrar o fluxo recorde de migrantes que atravessam suas fronteiras como parte da arriscada viagem para a Europa ocidental.
O governo conservador húngaro concluiu em agosto uma cerca de arame ao longo da fronteira de 175 km com a Sérvia, mas isto não parece representar um obstáculo para a chegada dos migrantes.
Uma nova barreira, de quatro metros de altura, está sendo construída e deve ser concluída no fim de outubro ou início de novembro.
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Budapeste anunciou nesta sexta-feira que mobilizará até 3.800 soldados para reforçar a barreira anti-imigrantes na fronteira com a Sérvia.
De acordo com o novo ministro da Defesa, Istvan Simicsko, a prioridade é construir a barreira.
Apesar das medidas para impedir a chegada de refugiados, 3.601 migrantes conseguiram entrar no país na quinta-feira, um novo recorde, segundo a polícia.
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