O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, vai ter que rebolar para convencer a Justiça de que agiu em legítima defesa, no dia 19 de setembro, quando agrediu o entregador Leandro Campos em um shopping no Rio de Janeiro. O torcedor rubro-negro foi derrubado e espancado pelo dirigente depois e dizer que Braz tinha de sair do Flamengo.
Quando foi agredido, Leandro estava na porta da joalheria onde Braz comprava uma joia para sua filha de 14 anos. Mas agora o cartola, que é vereador na capital fluminense, tenta um drible, alegando ter agido em legítima defesa, e acabou desarmado por um vídeo divulgado pelo G1 na segunda-feira (30).
As imagens mostram exatamente o contrário da versão de Braz. A primeira divergência é que a filha dele não estava na loja no momento em que Leandro foi até a porta do estabelecimento. Ela também não em assistiu a agressão do pai ao torcedor.
O vídeo também deixou claro para o Ministério Público que apenas Braz deve responder por lesão corporal, já que ele atingiu o rapaz pelas costas, caiu em cima dele e, entre outros golpes, aplicou-lhe uma mordida na virilha.
A audiência para definir o próximo passo do processo será no dia 27 de fevereiro. Ela estava marcada para o final de novembro, mas teve de ser adiada. Na semana da agressão, a Câmara de Vereadores do Rio ouviu a entrevista coletiva de Marcos Braz e considerou suficientes as explicações do vereador e desnecessário qualquer tipo de punição. O Flamengo não se manifestou sobre o caso.