A Polícia Federal atirou no que viu e acertou no que não viu. O general Walter Braga Netto foi encontrado e delatado pelo FBI (Federal Bureau of Investigation). Ele vinha passando quase que invisível diante de tantas investigações que apontam o ex-presidente Jair Bolsonaro como líder ou chefe de uma quadrilha que praticou crimes em todos os níveis, dentro e fora do governo.
Na terça-feira (12) o nome do vice na chapa de Bolsonaro em 2022 surgiu em um dos relatórios passados para a Polícia Federal brasileira pelo FBI, que investiga as ações das famílias Bolsonaro e Cid nos Estados Unidos, ele foi citado como favorecido por propina na compra de coletes de balística (à prova de bala) de uma empresa americana, quando era interventor do Rio de Janeiro.
Os sigilos telefônico e bancário do ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro foram quebrados na terça-feira pela PF. Braga Netto, pelo menos por enquanto, não aparece nos escândalos que envolvem o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid. Tudo indica que ele não mexeu com joias, cartões de vacinas e tentativa de golpe de estado.
O general classificou a operação policial de “pescaria de provas” e afirmou que tudo foi feito de acordo com a legislação vigente. A investigação apura os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa supostamente praticadas por servidores públicos federais envolvendo a contratação da empresa americana CTU Security LLC pelo governo brasileiro.