O Legislativo tanto fez, desde o governo passado, que conseguiu transformar o regime brasileiro numa espécie de Parlamentarismo manco.
Digo, de transformar a distribuição de verbas públicas em um toma lá dá cá que fortalece os políticos: tudo para eleger prefeitos parceiros – próximos ou subalternos aos interesses de quem tem a maior verba nas mãos.
No entanto, chega a hora de provar que essa montanha de dinheiro que foi retirada do Executivo está sendo usada com objetivos maiores, e não apenas – repito – de trampolim para prefeitos que rezem pela cartilha dos congressistas.
E o que acontece? Apenas 2% (isso: dois por cento) das emendas parlamentares de execução obrigatória estão sendo aplicados em desastres climáticos.
O jornal Estado de Minas fez um levantamento no Orçamento da União e descobriu que alguns deputados sequer destinaram um centavo para defesa civil.
Vale, assim, o refrão: problemas tipo aquecimento global, desarranjo climático, derretimento dos polos são coisas de primeiro mundo.
Sobram para nós as enchentes.