O Ministério de Relações Exteriores da Venezuela (MRE) declarou como personae non gratae(pessoas que não são bem-vindas) os funcionários da Embaixada do Panamá em Caracas e ordenou que deixem o país nas próximas 48 horas.
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\”O embaixador, Pedro Roberto Pereira Aerosemena, o ministro conselheiro, Jaime Serrano, o adido diplomático, Maria Salazar de Serrano e o adido Raul Fernando Rolla Font dispõem de 48 horas para sair do território da República Bolivariana da Venezuela, devido ao discurso e ações ingerencistas do seu governo\”, diz comunicado.
Segundo o MRE, a Venezuela \”manifestou à missão diplomática do país centro-americano, a sua condenação pelas ações empreendidas pelas autoridades panamenhas, consideradas como não amigáveis com a Venezuela, assim como uma intromissão nos assuntos políticos internos\”.
A expulsão ocorre um dia depois de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciar a ruptura das relações bilaterais diplomáticas e econômicas com o Panamá.
No centro da polêmica, está uma proposta do Panamá para que uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA) visite a Venezuela para analisar a crise no país, mas Caracas diz que \”não solicitou nenhum debate sobre a sua situação\” e acusou o presidente panamenho Ricardo Martinelli de conspirar com os Estados Unidos para facilitar uma \”intervenção\” no país.
Hoje, a representação da Costa Rica na Venezuela anunciou que vai assumir os assuntos consulares do Panamá em território venezuelano.
Segundo a ministra das Relações Exteriores costa-riquenha, Maria Aerosemena, o Panamá pediu aos \”países amigos\” para assumirem os trâmites consulares e a \”Costa Rica assumiu essa função em solidariedade\” ao país vizinho.