No final da tarde de domingo (27), todos os municípios brasileiros terão escolhido seus gestores para o quadriênio 2025/2029. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 463 mil pessoas pediram registro para concorrer aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em 2024.
Apesar de expressivo, o número é menor, em comparação à eleição de 2020. Porém, os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) foram maiores e totalizaram R$ 4,9 bilhões.
Além da cláusula de barreiras, que já diminuiu o número de partidos políticos no Brasil, essa redução de candidaturas pode ser atribuída ao desinteresse da sociedade pela política.
É verdade que esse afastamento popular, principalmente dos jovens, deve-se, também, aos próprios políticos, a partir de ações, atitudes e comportamento relatados dia após dia na mídia.
Porém aqui, quero contar o meu relato nas eleições deste ano, justamente para chamar atenção dos mais novos.
Com toda certeza, a grande maioria dos 463 mil candidatos precisou usar as redes sociais para falar com seus eleitores. E posso garantir: praticamente todos os postulantes, em algum momento, precisaram contratar alguém para executar o trabalho, seja com texto, foto, vídeo, designer, tráfego ou interação.
Eu, por exemplo, recusei (por falta de tempo) vários convites para o período eleitoral. Em um dos projetos de que participei, os envolvidos foram treinados com a campanha já em curso, porque todos os profissionais com algum preparo e experiência já estavam ocupados.
Então, voltando ao início do texto, alerto para a quantidade de candidatos (clientes em potencial) e de dinheiro reservado (orçamento e receita garantidos) para um período de trabalho de apenas de 45 dias.
São muitas oportunidades neste ambiente, que nem sempre é formado por “ladrões”, como, às vezes, muitos podem avaliar, principalmente aqueles que vivem dentro das “bolhas” nas redes sociais.
É claro que nem tudo são flores. Há muito desgaste físico e mental durante uma campanha eleitoral, e a exigência é maior do que um trabalho “normal”.
Afinal, o profissional de comunicação política lida com o bem mais precioso de uma pessoa: a reputação, que, neste período, precisa de um “lustro”. (Sem falar na vaidade pessoal que, em grande parte, move muitos candidatos).
Mas esse trabalho de assessoria política também exige muita preparação e estudo. Então, a partir de segunda-feira (28 de outubro de 2024), começaremos a pré-campanha de 2026.
Dá tempo de se preparar! Assim, você vai parar de reclamar do Fundão e poderá “abocanhar” uma fatia dele.
Vem que tá quentinho!