O pedido de demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, causou reações dos políticos de Brasília. O ex-juiz anunciou sua saída em meio a acusações de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal e em investigações no Supremo Tribunal Federal.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) falou a jornais que Moro “já vai tarde” e que “os dois (Bolsonaro e Moro) erraram”. Da bancada do DF na Câmara dos Deputados, Júlio Cesar (Republicanos), Flávia Arruda (PL) e Celina Leão (PP) ainda não se pronunciaram.
Entre os três senadores do DF, apenas Reguffe se pronunciou publicamente. “É inaceitável!”
A deputada federal Bia Kicis, aliada de primeira hora, havia publicado na manhã desta sexta-feira (24) que a imprensa estaria mentindo e que Moro permaneceria no cargo. Após a entrevista, apagou os posts.
O deputado federal Israel Batista (PV-DF) usou trecho da fala de Moro na coletiva para dizer que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade e pediu “impeachment já” ao presidente.
A deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) falou que o ex-ministro foi o responsável por motivá-la a entrar para a política.
Érika Kokay (PT-DF) citou fala que o ex-juiz disse não ter tido interferência na PF nos governos petistas.
Luis Miranda (DEM) publicou que “Moro não aguentou tanta intromissão no seu trabalho de combate à corrupção no Brasil”.