“É colocada a data de fabricação, o número do estoque e o código do fabricante. Quando o fiscalizador vê o código, usa o aplicativo do Detran e já sabe se ele deveria estar naquele veículo”, detalha o diretor. Segundo ele, o departamento recebeu de oito a 12 pedidos de análise de automóveis clonados por mês em 2016. Uelson Praseres, diretor de Controle de Condutores e Veículos da autarquia, explica que o código carrega informações sobre o histórico do veículo e do proprietário, facilita a fiscalização e diminui a burocracia em investigações de casos de clonagem.
Aplicativos leitores de QR code usados gratuitamente em celulares podem rastrear alguns dados do código, mas algumas informações sobre o dono do veículo — se ele está habilitado para dirigir, por exemplo — só podem ser acessadas pelos equipamentos do Detran.
É possível até identificar o QR code em fotografias de pardais de trânsito. O aplicativo consegue reconhecer o código na foto capturada e dar o histórico do automóvel. Com isso, além de aplicar a multa, o órgão fiscalizador pode descobrir se um carro em alta velocidade é clonado.
Sem burocracia – Quem compra um veículo novo recebe a placa com o QR code por meio do processo normal, sem burocracia. O código também é colocado em automóveis que vêm de outra unidade da Federação e precisam trocar de placa. Além disso, receberão QR code os veículos levados às unidades do Detran para receber serviços relacionados a emplacamento e os que precisarem de atualização das placas para o sistema atual com películas refletivas.
Com essas mudanças, a previsão é que 90% da frota brasiliense esteja com o código nas placas em até cinco anos. Praseres deixa claro que, se a placa estiver visível e no sistema atual com película refletiva, o proprietário não é obrigado a fazer qualquer alteração.
Quando o cidadão requisita uma placa no Detran, pode escolher uma das 17 empresas fabricantes credenciadas. Se o contrato com uma das empresas terminar, ela é removida do sistema, o que a impede de produzir mais placas com o código nos arquivos do departamento.
A alteração na fabricação das placas não tem custo nem para as empresas fabricantes nem para o Detran. “Só é preciso fazer uma pequena mudança na impressão do material”, justificou o diretor.
Quem portar emplacamento que não respeite as normas do Código de Trânsito Brasileiro e for fabricante ou distribuidor de placas não autorizadas responde com multa de R$ 130,16, quatro pontos na carteira e retenção do veículo.
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