Afinal, a Copa chegou. E os grupos do Contra Tudo (parece que virou moda) já estão acirrados para bagunçar o coreto. E não estão demonstrando qualquer tipo de receio, mesmo tendo agora de enfrentar os Robocops, armaduras protetoras que lembram robôs, que pretendem salvaguardar a integridade física de PMs. Muitos deles, aliás, ainda não receberam alta dos hospitais com ferimentos graves de eventos anteriores.
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O mais triste de tudo é que essas cenas vergonhosas, de saques coletivos a lojas e supermercados – caso se repitam – serão testemunhadas pelos anunciados 600 mil turistas presentes e documentadas pelos repórteres internacionais que já começaram a trabalhar, colocando-nos cada vez mais longe no ranking de países civilizados.
Dentro dos estádios, os torcedores já fizeram coro com suas vaias aos astros da constelação do Felipão, como ressoaram no Morumbi no último jogo-treino do selecionado brasileiro, contra a Sérvia, em São Paulo. De repente, craques paparicados por fãs exaltados se transformaram em verdadeiros pernas-de-pau.
Sem dúvida alguma que os torcedores, depois do desembolso de uma grana preta, em parte acreditando na previsão de alguns comentaristas esportivos experts, que apontam o Brasil como franco-favorito (?), ficaram revoltados com a falta de entrosamento da defesa com o ataque (sem os gols previstos) e tiveram todo o direito de vaiar. Porém, achincalhá-los, nunca! E muito menos desabafar quebrando o pau na saída com PMs, que não influem no ritmo do jogo.
Apesar de o carnaval já tenha terminado no início de março, os mascarados, que já ganharam o bonito rótulo de Black Blocs, continuam desfilando em todas as áreas sociais, em campo aberto ou recintos fechados, como aconteceu recentemente na UnB, onde estudantes com máscaras e bonés invadiram as dependências da Administração da histórica universidade.
Claro que esses futuros mestres devem ter as suas próprias justificativas para ocuparem na marra o confortável gabinete da Reitoria, mas não de danificarem móveis, como aquelas lindas poltronas.
Dando uma pincelada no atual panorama de violência generalizada no País, concordo em número, gênero e grau com as palavras do professor Ivan Camargo, o Reitor que ainda não decidiu se fica ou se sai da UnB: “O momento é uma espécie de vanguarda de atraso, que se espalhou por todo o Brasil!”